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Cidades/Geral
Quinta - 20 de Dezembro de 2007 às 22:23

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“O início do ano letivo está comprometido em função da série de transtornos causados pelo secretário de Educação. Elismar Bezerra deixa o cargo com um rastro de problemas. O ano de 2008 começará tumultuado e cheio de dificuldades. O ano de 2007 foi marcado pela extrema ausência de governabilidade política na Educação. Em 31 de dezembro acaba o mandato de todos os diretores e coordenadores pedagógicos. A partir de 1º de janeiro nenhum ato administrativo terá validade em função do que determina a justiça”.

Essa afirmação foi feita hoje (20) à tarde pela presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Ensino Público (Sintep), subsede Várzea Grande, Maria Aparecida Cortez, ao traçar um quadro da educação no município e comentar a saída do secretário Municipal de Educação, Elismar Bezerra, para assumir um cargo na prefeitura de Cuiabá. “São tantos os problemas que o novo secretário terá de resolver que as expectativas são extremamente negativas e traumáticas”, prevê.

Cida Cortez criticou a postura antidemocrática do secretário Elismar Bezerra, com o fechamento de oito escolas com Educação de Jovens e Adultos (EJA), e o descumprimento sistemático de determinação judicial para realização de eleições para diretores e coordenadores pedagógicos em 60 escolas da rede municipal. “Lamentavelmente, apesar da determinação da justiça de realização das eleições no mês de dezembro, até agora não foi tomada nenhuma decisão neste sentido. O clima é de terror nas escolas”, denuncia a sindicalista. “Os trabalhadores da educação estão sofrendo fortes pressões nas escolas. São ameaçados com processos administrativos”, completa.

A subsede de Várzea Grande solicitou uma série de audiência com o secretário e não foi atendida. Segundo Cida Cortez, o secretário de Educação preferiu fazer aliança com um grupo de diretores. Quem contraria a vontade do secretário sofre retaliações.

Apesar da truculência do secretário de Educação, cerca de 15 escolas estão com o processo eleitoral em andamento e devem realizar eleições no dia 22 de dezembro. “O quadro é aterrorizador, inclusive, com ameaças de chamar a polícia, de fechar as escolas, e de não liberar a lista de votantes para impedir as eleições”, denuncia e apresenta a cópia de um ofício encaminhado pela Secretaria Municipal de Educação intimidando a direção da Escola Municipal Gonçalo Domingos de Campos - CAIC. O ofício diz que “qualquer ato realizado nessa unidade escolar, para eleição de diretor, sem a autorização e supervisão por esta Secretaria, será considerado nulo e inexistente, e providências serão adotadas em relação aos servidores que infringirem a legislação vigente”. A prorrogação do mandato dos diretores foi derrubada pela justiça.





Fonte: AE

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