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Internacional
Quinta - 20 de Dezembro de 2007 às 19:45

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Havana, 20 dez (EFE).- O Petrocaribe realiza sua quarta cúpula na sexta-feira, em Cuba, numa reunião que será marcada pelo comando do chefe de Estado venezuelano, Hugo Chávez; pela presença do presidente interino da ilha, Raúl Castro, e pela ausência do líder da revolução cubana, Fidel Castro.

Cuba define hoje os últimos detalhes para o encontro em Cienfuegos, no centro-sul do país, enquanto as delegações dos 16 países-membros da Petrocaribe chegam à ilha e a imprensa oficial mantém segredo sobre as atividades realizadas até agora por Hugo Chávez.

O presidente da Venezuela, país que ocupa permanentemente a Presidência executiva do esquema, chegou a Havana na madrugada de quarta-feira, mas até o momento não há informações sobre a reunião que teria com Fidel Castro.

A edição de hoje do jornal oficial "Granma" afirma apenas que a cidade de Santiago de Cuba prepara-se para recepcionar Chávez em sua primeira visita ao local, onde "a decoração das ruas e a efervescência do povo caracterizam o ambiente e precedem a boas-vindas".

O vice-ministro de Relações Exteriores cubano, Alejandro González, informou esta semana que Raúl Castro será o chefe da delegação da ilha.

O anúncio pôs fim às especulações sobre a presença de Fidel Castro, que se recupera de uma grave doença e transferiu o cargo de presidente provisoriamente ao irmão, em 31 de julho de 2006, após o próprio Chávez supor, meses atrás, que o líder cubano estaria na reunião.

A chegada do presidente da República Dominicana, Leonel Fernández, foi a última a ser anunciada. Além dele, Chávez e o chefe de Estado do Haiti, René Préval, desembarcaram na ilha na quarta-feira.

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, também anunciou sua presença na reunião, embora fontes da Embaixada do país não saibam informar quando ele chegará.

Cuba espera reunir doze chefes de Estado e de Governos dos 16 países-membros da Petrocaribe na reunião, sob o lema "Energia para a União". Segundo os organizadores, o encontro será "uma conferência de muito alto nível".

Participarão como convidados Barbados, Trinidad e Tobago, Guatemala e Honduras, que pela primeira vez estarão presentes numa reunião do organismo.

De acordo com os organizadores, além das questões protocolares, a cúpula do "esquema estratégico de segurança energética" na região caribenha representa um novo passo em direção a um mecanismo "não comercial", já que a Venezuela oferece petróleo aos países do Caribe a preços preferenciais.

Com o valor do petróleo no mercado internacional em torno dos US$ 91, o Petrocaribe permite que seus membros tenham acesso a compras 40% financiadas a um juro de 1% e pagamento do restante num prazo de 30 a 90 dias.

Leonel Fernández não escondeu a importância do acordo para os países da região ao afirmar, na quarta-feira, que viajava à ilha "para prevenir outra tempestade", referindo-se aos preços internacional do petróleo e à passagem em seu país das devastadoras tempestades tropicais "Olga" e "Noel".

Os participantes do evento também analisarão o andamento dos acordos já adotados, discutirão as gestões conjuntas para consolidar o Petrocaribe como espaço de "cooperação exemplar e integração" na região e divulgarão as conclusões numa declaração final.

O Petrocaribe surgiu em 29 de junho de 2005 durante o primeiro encontro energético de chefes de Estado e Governo do Caribe realizado na cidade de Puerto La Cruz, na Venezuela, como uma iniciativa inserida na Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba), comandada por Chávez.




Fonte: EFE

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