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Nacional
Quinta - 20 de Dezembro de 2007 às 19:39

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Após cinco meses de investigações, os agentes da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat) descobriram que pelo menos 350 táxis atuam ilegalmente no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, 70 motoristas foram indiciados por formação de quadrilha e denunciados à Justiça pelo Ministério Público. Se condenados, eles podem pegar de quatro a 14 anos de prisão.

De acordo com os policiais, os clientes nem se dão conta de que estão num táxi clandestino. A maioria dos taxistas atuam na porta dos hotéis da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, e da Zona Sul. A viagem sai em torno de R$ 250 a R$ 450.

Um policial se passou por um motorista interessado em participar do esquema e constatou a irregularidade. As imagens gravadas pela Deat foram exibidas no RJTV.

Segundo o delegado Fernando Veloso, os taxistas alegam que a atividade desenvolvida é de locação de um veículo com direito a um motorista. “A operação de inteligência que foi desenvolvida nos últimos cinco meses demonstrou que isso é uma farsa. Na verdade, o que eles desenvolvem é de fato um serviço de táxi completamente irregular”, declarou.

Divisão do dinheiro

De acordo com a polícia, o preço da corrida é cobrado de acordo com o “tamanho do bolso” do cliente. Não existem tabelas, nem taxímetro. O dinheiro seria dividido da seguinte forma: 30% para o dono da suposta locadora, que na alta temporada, ainda cobraria uma taxa de R$ 200 por mês de cada carro; 20% para funcionários dos hotéis, q ue convenceriam os passageiros a usar o serviço; o restante ficaria com o motorista.

Os investigadores afirmam que os pontos clandestinos são valorizados. Para a polícia, o crime é contra o consumidor, porque são cobrados preços abusivos, e contra a ordem tributária, porque não se recolhem impostos. O esquema existiria com as mesmas características e em vários hotéis há pelo menos dez anos.

Inquérito

A Polícia Civil informou que vai encaminhar uma cópia do inquérito à Secretaria municipal de Transportes.

A Secretaria reconheceu o problema e disse que tem dificuldade para registrar flagrantes da irregularidade. A Justiça informou que vai analisar o caso.




Fonte: G1

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