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Agronegócios
Quinta - 20 de Dezembro de 2007 às 16:05
Por: Alexandre Inacio

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A alta do custo de produção do algodão pode começar a comprometer a rentabilidade dos produtores a partir da próxima safra. A conclusão é de estudo realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que constatou margens estreitas em praticamente todas as regiões pesquisadas do Mato Grosso, que responde por quase metade da produção nacional. Apenas os insumos (sementes, fertilizantes e defensivos) representam 55% do custo operacional da atividade, mesmo com a valorização do real frente ao dólar, que reduz o preço ao agricultor no momento de importar, principalmente, os defensivos.

Em três das principais regiões mato-grossenses analisadas pelo Cepea, Primavera do Leste é a que tem custos mais elevados e, portanto, rentabilidade menor, tendo em vista que as produtividades são semelhantes entre as praças. O custo maior pode ser explicado pelo fato de o município ser uma das regiões mais tradicionais no cultivo do algodão e ter maior infestação de pragas.

Segundo o estudo do Cepea, um fator que chama a atenção no Mato Grosso é o fato de a rentabilidade do algodão safrinha ter sido maior que a da safra normal nas duas últimas temporadas. Em Lucas do Rio Verde, onde praticamente apenas se planta algodão após a colheita da soja, foi observado o menor custo por unidade de pluma. O estudo avalia que "de modo geral, os dados apontam que a margem do setor de algodão está ligeiramente acima dos custos operacionais".

Investimento em GO

A produção de algodão de Goiás receberá um investimento de R$ 1,84 milhão por meio de oito projetos de pesquisa aprovados em edital pelo Fundo de Incentivo à Cultura do Algodão no Estado (Fialgo). Os projetos vão desde pesquisas em novos cultivares, manejo, biossegurança, agricultura familiar, além de prevenção e controle do bicudo.

No que se refere as novas cultivares, os projetos tratam de pesquisa e desenvolvimento para variedades adaptáveis às condições do cerrado e com altas produtividades, qualidade, porcentagem de fibra e resistência á doenças. O projeto com o manejo irá tratar do aperfeiçoamento do sistema de produção para o algodoeiro. "Além de soluções para vários problemas do produtor com relação ao sistema de produção, rotação de cultura entre outros", afirma Paulo César Peixoto, diretor-executivo da Fialgo.

Os três projetos de biossegurança pretendem desenvolver eventos resistentes a pragas como o bicudo, além de obtenção de eventos de elite de algodão contendo o gene cry1/a resistentes também às lagartas. Os projetos serão desenvolvidos em parcerias com entidades como a Fundação GO, Embrapa, Agência Rural e outras.





Fonte: AE

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