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Quinta - 23 de Maio de 2013 às 04:25

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A oposição ao governo Silval Barbosa (PMDB) na Assembleia Legislativa (AL) está prestes a ganhar novos integrantes, caso o PP cumpra a promessa de abandonar a base aliada. 

A ameaça aberta ao peemedebista foi feita pela bancada da agremiação no Legislativo durante sessão de ontem (22). A intenção era pressionar pela exoneração do secretário de Estado de Saúde, Mauri Rodrigues (PP). 

O anúncio de Silval sobre a manutenção do progressista no cargo, para o deputado estadual Antônio Azambuja, torna o PP uma legenda livre para agir com independência e aberta, até mesmo para votar contra mensagens do Executivo. 

“É inadmissível o partido ficar sujeito a uma pessoa que não atende nossos pedidos. A partir de agora, quero deixar claro que as ações de Mauri Rodrigues à frente da secretaria são de exclusiva responsabilidade do governador. O governo perde o PP da base e em votos aqui. Mas não sei se isso é importante (para Silval)”, ironizou. 

O progressista acusou Silval de somente convocar os partidos da base aliada quando há previsão de votação de projetos de seu interesse. Já quando o tema são discussões sobre o Estado, o peemedebista, segundo Azembuja, faz questão de não atender as solicitações. “Na hora de votar pelo governo, aí sim, somos aliados”. 

Líder do governo na AL e presidente da mesa diretora, o deputado Romoaldo Júnior (PMDB) tentou amenizar o clima. Afirmou que se reunirá com Silval para negociar “um meio-termo”. Lembrou que o PP é um partido importante da base, que sempre caminhou junto com o governo, mas que não pode agir com “radicalismo exacerbado”. 

Azambuja, por sua vez, garantiu que PMDB e PP seguirão separados. “O Mauri pode continuar na Pasta, não podemos obrigar o governador a mudar de opinião, mas não em nome do PP. Vamos tocar independente daqui para frente”, reiterou. 

O rompimento é mais um na administração de Silval, que tem enfrentado intenso desgaste devido à má avaliação de sua atuação em setores como a saúde, infraestrutura e educação. Na AL, a maioria dos parlamentares pertencia à base aliada. Contudo, restando um ano e meio para a conclusão do mandato, esse quadro começa a mudar. 

A partir de agora, a oposição no Legislativo conta com os progressistas Ezequiel Fonseca e Antônio Azambuja, além de Luciane Bezerra (PSB); Márcio Pandolfi (PDT) e Ademir Brunetto (PT).(PV) 





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