Abimaq prevê déficit comercial recorde do setor
A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) prevê um déficit comercial recorde do setor de US$ 4,5 bilhões este ano, uma alta de mais de 100% em relação a 2006. No acumulado do ano de janeiro a novembro, as importações cresceram 39,4%, para US$ 13,9 bilhões. No mesmo período, as exportações tiveram alta de 21,5%, para US$ 9,6 bilhões.
Sem contar o segmento de exploração de petróleo, a alta nas exportações foi de 11,4%, o pior índice do ano. "Se o câmbio continuar do jeito que está teremos um novo recorde de déficit comercial no próximo ano", afirmou o presidente da Abimaq, Luiz Auberti Neto.
Ele disse que não é contra o que chamou de "importação do bem", ou seja, de máquinas que tragam inovação tecnológica e ampliação de empregos, com isonomia. Mas criticou a "importação do mal", que tem o objetivo somente de substituir o fabricante nacional devido ao câmbio. Conforme Auberti Neto, isto acontece em 85% dos casos.
A principal reclamação da entidade é que as máquinas e equipamentos não são tributadas fora do País. "O Brasil é o único país do mundo que tributa equipamento".
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