PF identifica pessoas que acessaram conteúdo pedófilo na internet em 78 países
As investigações que resultaram na Operação Carrossel, deflagrada hoje (20) pela Polícia Federal (PF) para combater a pedofilia na internet, identificaram usuários em 78 países. A PF de Mato Grosso também cumpre hoje um mandado de busca e apreensão em Cotriguaçu. Segundo assessoria, policiais mapearam uma residência na cidade com computador utilizado para troca de conteúdo pedófilo.
Durante a operação, cerca de 400 policiais federais devem cumprir 102 mandados de busca e apreensão de computadores de pessoas que trocaram conteúdo pedófilo por meio de programas de compartilhamento de arquivos.
“Pela nossa investigação, conseguimos ver cerca de 3,5 mil acessos de 78 países a esses arquivos. Estamos encaminhando essas informações por meio da Interpol aos responsáveis pela investigação”, disse o delegado da Unidade de Crimes Cibernéticos da PF, Adalton Martins.
“Sabemos que num único programa de compartilhamento de dados essas pessoas foram identificadas”, destacou. Pelo menos duas pessoas foram presas em flagrante, porque, no momento da apreensão, faziam download de arquivos com conteúdo de pedofilia.
Segundo o delegado, essa foi a primeira operação de combate a esse tipo de crime realizada com a tecnologia da Polícia Federal. “Essa investigação foi desenvolvida por técnicos nossos. A informação partiu daqui”, ressaltou.
“A dimensão dessa ação para o Brasil é que nosso país agora faz parte da comunidade mundial que combate a pedofilia. A gente tem hoje tecnologia para coibir isso. Estamos em conjunto com a Interpol e com outras divisões”, completou Martins.
Para ele, esse tipo de ação da PF pode ajudar a coibir a pedofilia. “A gente quer passar que essa prática, o envio ou o recebimento de fotos e filme envolvendo pedofilia, é crime. A polícia tem mecanismos hoje para identificar quem está praticando esse tipo de crime, estão sendo desenvolvidos programas que vão nos capacitar mais. As pessoas que mexem com isso têm que pensar duas vezes antes de incentivar esse tipo de ação.”
Segundo Martins, a pena para o crime de envio, recebimento e divulgação de material com conteúdo pedófilo é de dois a quatro anos de prisão.
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