Seis municípios mato-grossenses estão na lista dos mais ricos do país

Estudo do PIB (Produto Interno Bruto) dos municípios brasileiros em 2005, divulgado ontem pelo IBGE, mostra que seis cidades mato-grossenses estão entre as 20 primeiras do Brasil em relação ao PIB per capita, número calculado a partir da divisão de toda a riqueza do município pelo número de habitantes. Alto Taquari e Santo Antônio do Leste ocupam a nona e a décima posição no ranking nacional. Mato Grosso é o Estado que mais contribui com municípios na lista dos 20.

O mesmo estudo mostra que em relação ao PIB da agropecuária, Mato Grosso aparece com seis das dez primeiras colocadas. Campo Verde é a primeira do Brasil e Sapezal, a terceira, grandes produtoras de soja e algodão. (Veja relação nos quadros)

Como o ano de 2005 não foi muito favorável para a cultura de soja, devido principalmente à estiagem, mas também à queda acentuada no preço do grão, os municípios de Mato Grosso que possuíam uma agricultura mais diversificada alcançaram ganhos expressivos na agropecuária. Assim, Campo Verde (MT), grande produtor de algodão herbáceo no país, passou a ocupar o primeiro lugar no ranking nacional, substituindo Sorriso (MT), cuja produção se concentra sobretudo na soja e que caiu para o 10º lugar.

O cálculo do PIB per capita pode deixar de fora grandes metrópoles ricas, uma vez que o valor total das riquezas precisa ser dividido pelo número de habitantes. Quanto maior a população, menor será o PIB per capita.

Os maiores PIBs brasileiros continuam concentrados nas principais cidades. São Paulo tem o maior de todos, com R$ 263,1 bilhões de riquezas produzidas no ano de 2005. Rio de Janeiro aparece em segundo lugar com R$ 118,9 bilhões. As duas cidades, mais Brasília, Curitiba e Belo Horizonte, representavam juntas 25% do PIB brasileiro em 2005. Cuiabá aparece na 44ª posição com R$ 6,67 bilhões. Campo Grande (MS) surge em 41ª com R$ 6,90 bilhões.

Para se ter uma idéia da pujança dos municípios, cada morador de Alto Taquari produziu em 2005 cerca de R$ 100,6 mil em riquezas. Com apenas 6.058 habitantes, segundo o IBGE, a cidade conta com um terminal de carga e descarga da Ferronorte, uma central de distribuição de petróleo da Ipiranga/Petrobrás, além do plantio de soja.

A primeira colocada Cascalho Rico (PIB per capita de R$ 289.838), no Triângulo Mineiro, abriga a terceira maior hidrelétrica de Minas Gerais. O município possui também uma unidade industrial do setor de derivados do leite e, além disso, tem baixa concentração populacional, conforme o IBGE. Entre as capitais, o maior PIB per capita continuava com Vitória (R$ 47.855), seguida de Brasília (R$ 34.510), São Paulo (R$ 24.083), Porto Alegre (R$ 19.582) e Rio de Janeiro (R$ 19.524).