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Esportes
Quarta - 19 de Dezembro de 2007 às 22:23

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RIO - O que era discórdia virou litígio judicial e moral. O presidente interino do Vasco, Eurico Miranda, acusou a diretoria do Fluminense de aliciamento do atacante Leandro Amaral - que conseguiu liminar na Justiça que o libera do compromisso com o Vasco - e fez graves insinuações sobre o coordenador de futebol tricolor Branco, que trabalhou como coordenador das seleções de base da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

“O Leandro foi aliciado desde maio pelo Celso Barros (diretor da Unimed, patrocinadora do Tricolor), pelo (técnico) Renato Gaúcho e pelo Branco”, apontou Eurico. “O 'Seu' Branco deve ter aprendido a aliciar jogadores quando gerenciava as seleções amadoras da CBF. É só ver quantos garotos desconhecidos foram convocados e vendidos logo depois.”

Branco, nesta quarta-feira, estava em Assunção, no Paraguai, ao lado do presidente do Fluminense Roberto Horcades, para o sorteio das chaves da Taça Libertadores, e não retornou os contato para comentar esta reportagem. No entanto, O Estado/AE/JT conseguiu falar com o técnico Renato Gaúcho, que não quis falar quando informado do teor das acusações de Eurico. “Não quero comentar nada sobre isso. Não sei direito o que ele disse”, declarou Renato.

ÉTICA

Na entrevista, Eurico lamentou a ‘falta de ética’ entre os dirigentes. “O futebol virou um saco de caranguejos. E eu estou dentro dele. Todo mundo mordendo todo mundo”, criticou, dizendo que ainda considera Leandro jogador vascaíno e até o isentando da maior parte de culpa pelo episódio.

“Obviamente fizeram uma proposta que mexeu com a cabeça do rapaz. No entanto, o Leandro é crescido e vacinado, deveria saber o que fazer. Desconfio até de que já tenham assinado um pré-contrato”, acusou o dirigente, que espera que o caso chegue à Federação Internacional de Futebol (Fifa).

A metralhadora de Eurico também disparou contra um (antigo) amigo, o presidente do Fluminense, Roberto Horcades. Eurico se disse magoado e entristecido pela passividade do dirigente no imbróglio. “Todos sabem que gosto muito do Horcades, mas ele jamais poderia ter se omitido dessa forma. E ainda por cima vem falar comigo que não sabia de nada”, resmungou o manda-chuva cruzmaltino, que ainda lembrou que o Vasco cedeu sem custos o estádio de São Januário para o Fluminense mandar seus jogos quando o Maracanã esteve indisponível por conta do Pan-Americano. “Em certa época, o Vasco inclusive emprestou dinheiro ao Fluminense.”

Outro ponto de revolta de Eurico foi a relação do clube das Laranjeiras com a empresa de saúde que o patrocina. “Quando o Vasco contrata alguém, além dos salários, tem de pagar todos os encargos sociais. Já o Fluminense não precisa arcar com nada disso, uma vez que é a patrocinadora que contrata os atletas. Como posso competir com isso?”, questionou o presidente vascaíno, que prometeu recorrer a todas as instâncias esportivas e jurídicas para combater o que chamou de “concorrência desleal”.

CALISTO Em meio ao intenso mal-estar e as acusações, o lateral-esquerdo Calisto, ex-Bahia, foi apresentado como novo reforço do Vasco. “Espero solucionar o problema da posição e conquistar a torcida”, disse o jogador, contratado por um ano.




Fonte: AE

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