Cientistas treinam células para caçar e destruir tumores malignos
Pesquisadores norte-americanos e ingleses combinaram células de defesa humanas com vírus e conseguiram impedir a disseminação de tumores pelo sistema linfático.
A proposta é utilizar a capacidade de defesa dos linfócitos T, células humanas capazes de atuar nas situações de infecção e tumores, associada a um vírus que comumente causa lesões na boca, as aftas, capaz de destruir as células cancerígenas, deixando as sadias de lado.
Alguns tumores malignos se espalham no corpo “viajando” através do sistema linfático -- é o caso do câncer de mama, do de próstata e do de intestino, além dos tumores malignos de pele.
A extensão do tumor para os linfonodos determina não só a gravidade do caso bem como algumas vezes muda a estratégia de tratamento.
Os cientistas utilizaram células de defesa imaturas colhidas na medula óssea e as reprogramaram para carrear o vírus até o tumor para destruí-lo.
No caso dos ratinhos com câncer de pele (melanoma) o tratamento foi capaz de destruir as metástases tumorais nos linfonodos e no baço em duas semanas. O mesmo efeito foi conseguido para tumores malignos de pulmão e intestino.
O tratamento que ainda não foi tentado em seres humanos pode abrir uma nova porta para o desenvolvimento de uma vacina para o câncer a partir da estimulação das defesas naturais do corpo humano. O trabalho foi publicado na revista "Nature Medicine" em 9 de dezembro.
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