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Nacional
Quarta - 19 de Dezembro de 2007 às 11:34

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Um jovem de 19 anos, viciado em drogas e jurado de morte por traficantes, vive acorrentado dentro de sua própria casa. A sugestão foi de um colega também dependente químico, assassinado em novembro. Internado duas vezes para tratamento - a última delas há quatro meses -, ele ficou 21 dias na Casa de Saúde de Rolândia, no Paraná. No entanto, ao sair, teve uma recaída e voltou a consumir crack e maconha.

“Prefiro vê-lo assim, acorrentado comigo, ao vê-lo dentro de um caixão e eu chorando em cima do caixão dele”, disse a mãe do rapaz.

A chave do cadeado é guardada em um lugar estratégico caso aconteça alguma emergência. “Se Deus o livre e guarde alguém aparecer, eu solto ele”, diz a mãe.

A família reclama de falta de vagas para internação na região.

Para o psiquiatra Ricardo Assme, a falta de vagas em clínicas especializadas leva as famílias a atitudes extremas. No entanto, ele reforça que o uso de correntes não é o modo adequado de se tratar viciados em drogas.

"O paciente não consegue se internar no momento em que ele deseja. Ele precisa fazer o tratamento por ele mesmo. E é o que acontece. Pacientes que se prendem, que se acorrentam, buscam alternativas que nem sempre são as mais indicadas do ponto de vista médico. Então é uma situação social nesse sentido".

"Vamos procurar junto com a mãe um lugar para encaminhar e onde ele pode começar o tratamento”, disse Maria Chueiri, coordenadora do Centro de Atendimento Psicosocial (Caps).





Fonte: G1

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