Mãe prende o filho no PR para mantê-lo longe das drogas
“Prefiro vê-lo assim, acorrentado comigo, ao vê-lo dentro de um caixão e eu chorando em cima do caixão dele”, disse a mãe do rapaz.
A chave do cadeado é guardada em um lugar estratégico caso aconteça alguma emergência. “Se Deus o livre e guarde alguém aparecer, eu solto ele”, diz a mãe.
A família reclama de falta de vagas para internação na região.
Para o psiquiatra Ricardo Assme, a falta de vagas em clínicas especializadas leva as famílias a atitudes extremas. No entanto, ele reforça que o uso de correntes não é o modo adequado de se tratar viciados em drogas.
"O paciente não consegue se internar no momento em que ele deseja. Ele precisa fazer o tratamento por ele mesmo. E é o que acontece. Pacientes que se prendem, que se acorrentam, buscam alternativas que nem sempre são as mais indicadas do ponto de vista médico. Então é uma situação social nesse sentido".
"Vamos procurar junto com a mãe um lugar para encaminhar e onde ele pode começar o tratamento”, disse Maria Chueiri, coordenadora do Centro de Atendimento Psicosocial (Caps).
Comentários