No mês, montadoras já fizeram recalls de 100 mil carros
"A maioria dos recalls envolve erro de projeto”, diz o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos (Sindipeças), Paulo Butori. "Parte do problema também pode ser a pressa das empresas em lançar novos produtos, até para acompanhar a concorrência”. Butori diz que outros fatores podem resultar em defeito de fabricação, como erro na concepção de engenharia, substituição de matérias-primas que depois não apresentam o resultado esperado, troca de ferramental na linha de produção e até problemas nas ruas e estradas do País. "Passar com o carro em um bueiro aberto é fora de qualquer padrão”.
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, não vê o recall como fruto da urgência em atender consumo ou lançamento de produtos. "A indústria automobilística é pioneira em recalls e entende a medida como proteção ao consumidor”. O executivo afirma que os processos de engenharia e de homologação das peças para os carros são rigorosos. "O que ocorreu nesses dias pode ter sido uma coincidência”, diz. De quinta-feira até ontem, três montadoras anunciaram recall: a GM, a Renault e a Citroën. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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