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Internacional
Terça - 18 de Dezembro de 2007 às 17:43

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A Venezuela confirmou o desejo de ingressar no Mercosul em 2008, durante a 34ª Cúpula do bloco realizada em Montevidéu, no momento em que se espera a aprovação do protocolo de adesão venezuelano por parte dos Parlamentos do Brasil e do Paraguai.

Apesar da demora, que pareceu irritar o presidente venezuelano, Hugo Chávez, que chegou até a ameaçar "preparar a solicitação de retirada do processo", a reunião de Montevidéu exibiu um complacente presidente venezuelano, que se desfez em elogios ao bloco regional.

"A Venezuela quer vir ao Mercosul para somar nosso modesto potencial ao grande potencial da união do sul, porque do destino do Mercosul depende o destino da América do Sul e por isso é necessário tanto cuidado", ressaltou Chávez durante um pronunciamento, hoje.

"Precisaremos esperar a rodada para assumir a presidência interina, mas isso não é o mais importante, porque mesmo antes de concluído o processo, já temos nos preparado para o acoplamento, decidimos olhar para o sul e nos abraçar com a América do Sul", destacou.

Em contrapartida, "nos retiramos da CAN (Comunidade Andina de Nações) e não pensamos voltar ainda quando nos solicitaram alguns amigos presidentes", garantiu.

O ingresso da Venezuela no Mercosul depende da ratificação dos congressos do Brasil e do Paraguai, algo que não deve acontecer no pouco que resta de 2007, ao contrário dos desejos de Chávez, que primeiro tentou impor setembro como prazo, depois estendeu a espera até o fim do ano e nesta terça-feira abriu o compasso para o próximo ano.

"Tomara que se concretize nosso ingresso para abrir as comportas das importações de alimentos, bens, serviços, maquinaria" e em segundo plano, "prestar maior ajuda aos países menores (Uruguai e Paraguai)", observou.

Bolívia

Os países-membros e sócios do Mercosul manifestaram seu apoio à Bolívia, que vem enfrentando uma grave crise política, em declaração emitida nesta terça-feira ao final da Cúpula.

Os presidentes destes países declararam "firme apoio ao regime institucional boliviano, baseado no respeito dos princípios democráticos, e condenaram qualquer tentativa e atos violentos que possam ameaçar a estabilidade do governo e dos órgãos eleitos pelo povo da Bolívia."

Eles pediram ainda a todas as forças políticas que mantenham um clima de diálogo e entendimento no país andino.

Além disso, reiteraram a importância de ajustar posições em assuntos prioritários de interesse comum, nos processos de associação com outras regiões, tais como os mecanismos denominados América Latina e Caribe-União Européia, Conferência Iberamericana e Grupo do Rio-União Européia.

Eles manifestaram ainda seu apoio "ao processo de consolidação do Diálogo Político entre o Mercosul e a Federação da Rússia, que foi reiterado durante a 62ª Assembléia geral das Nações Unidas."





Fonte: Folha Online

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