Rebeca e mais três atletas perdem medalhas do Pan por doping
No Rio, foram realizados 1.274 exames antidoping entre os 5.633 atletas participantes, anunciou a entidade em seu balanço final sobre o assunto.
"Como resultado deste rigoroso processo, quatro atletas apresentaram resultados analíticos adversos, o que constitui uma grave violação do Regulamento dos Jogos Pan-Americanos e do Código Mundial Antidoping", disse a Odepa em comunicado.
Rebeca Gusmão, que testou positivo para o uso de testosterona exógena, perderá seus ouros dos 50 e 100 metros nado livre, a prata do revezamento 4x100 livre e o bronze do revezamento 4x100 medley. A venezuelana Arlene Semeco, que havia terminado em segundo nas provas conquistadas por Rebeca, ficará com as medalhas de ouro.
De acordo com o comunicado da Odepa, consequentemente as outras atletas brasileiras participantes dos revezamentos 4x100m livre e 4x100m medley também terão retiradas suas correspondentes medalhas, informou o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) em nota.
"Em relação à natação, com a decisão da Odepa, o Brasil também perde a vaga nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 nas provas de 50m e 100m livre, cujos índices haviam sido conquistados por Rebeca Gusmão", disse o COB.
OUTROS CASOS
O brasileiro Fabricio Mafra, que testou positivo para a mesma substância de Rebeca, perderá o bronze conquistado no levantamento de peso, categoria 105 quilos.
Estes foram os primeiros casos de doping em delegações brasileiras durante Jogos Pan-americanos, segundo o COB.
O ciclista colombiano Libardo Niño perderá a prata da prova contra o relógio individual pelo consumo de EPO (eritropoietina), enquanto o jogador de beisebol da Nicáragua Pedro Wilder Rayo deverá devolver seu bronze por uso de boldenona.
Apesar destes casos, a entidade encabeçada pelo mexicano Mario Vázquez Raña disse que os Jogos do Rio seguem sendo os "mais limpos da história" dos Pan-Americanos.
(Reportagem de Armando Tovar)
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