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Cidades/Geral
Segunda - 17 de Dezembro de 2007 às 19:23

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Três categorias que compõem a Segurança Pública em Mato Grosso estão mobilizadas no intuito de conseguirem o reajuste salarial. A mais recente manifestação ocorreu neste domingo (16).

Desta vez, após uma paralisação de 10 dias dos investigadores de polícia, quem sinalizou uma possível paralisação foram os agentes prisionais. O movimento ocorreu no Presídio de Segurança Máxima Pascoal Ramos, em Cuiabá. Um documento que circulou no sábado entre a categoria, informava que os agentes iriam parar as atividades no domingo (16). Segundo a Secretaria de Justiça e Segurança Pública ( Sejusp) se tratava de um comunicado de greve, que na prática não aconteceu. A Sejusp chegou a mobilizar policiais militares e o Corpo de Bombeiros para assumir a segurança e coordenar as visitas de parentes de presos, caso houvesse a paralisação.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil e Agentes Prisionais de Mato Grosso (Siagespoc), Clédison Gonçalves, o movimento foi isolado." Foi realizada uma assembléia na sede do sindicato e um grupo de agentes prisionais decidiram compor um movimento que não abrangiu toda a categoria", disse o presidente, há pouco, ao site da TVCA.

Ainda segundo Clédison, por força de uma liminar expedida pela Justiça, a possível paralisação dos agentes prisionais foi considerada ilegal. O secretário adjunto de Justiça, Carlos Alberto Santana, disse que "os canais de interlocução do Governo sempre estiveram abertos a negociações, a exemplo dos inúmeros atendimentos feitos à categoria e, individualmente, aos agentes prisionais no decorrer de 2007".

Os agentes prisionais tiveram aumento salarial em agosto e têm recebido rigorosamente em dia. Além da aprovação da Lei que altera a forma de promoção e a tabela do cargo de agente prisional, o Governo possibilitou ainda a contratação temporária de 271 agentes para o Sistema Prisional e Sócio Educativo e a nomeação de 80 novos servidores aprovados no concurso de 2003, bem como a realização de cursos de capacitação desenvolvidos no decorrer deste ano. Outras pendências, como a questão do pagamento da insalubridade, estão sendo discutidas pela Secretaria de Administração (SAD), uma vez que interessa a diversas categorias de várias áreas do Governo, informou a Secretaria de Segurança Pública (Sejusp).

Assembléia da categoria

Para solucionar o impasse entre os agentes penitenciários e o Governo, será realizada nesta sexta-feira (21) uma assembléia por volta das 16h, na sede do sindicato.

Já para os investigadores da Polícia Civil, que reivindicam um piso salarial de R$ 1.870, está marcada uma assembléia que acontecerá nesta quarta-feira (19), às 9h.

O governo apresentou na última semana, uma contra-proposta para a categoria de R$ 1.619. Os investigadores, em assembléia recusaram a proposta apresentada e ainda decidiram voltar a trabalhar até nesta quarta-feira (19), data marcada para discutirem os rumos das negociações. Eles estiveram em greve por 10 dias.

A situação dos escrivães

Para os escrivães de Mato Grosso, foi apresentada a mesma proposta salarial. No entanto, a categoria apresentou três mudanças na contra-proposta apresentada pelo Governo. Segundo eles, o reajuste salarial deve ser repassado a partir de janeiro de 2008, desconsiderando a previsão dada pelo governo, só para o mês de Maio.

Em segundo lugar, os escrivães decidiram em assembléia que entre cada nível salarial (são dez no total), haja uma diferença de 3% e não de 1,5% e por fim a categoria decidiu que a revisão salarial anual fixada pela inflação, deve ser corrigida sobre o rejuste salarial de R$ 1.619.

Estas mudanças na proposta foram encaminhadas para o Governo Estadual. Por meio de um ofício, o governo enviou para o Sindicato dos Escrivães de Polícia Judiciária Civil do Estado de Mato Grosso (Sindepojuc), várias desconsiderações sobre as três mudanças apresentadas. Segundo a Sejusp, as mudanças acarretariam em um grande impacto na folha de pagamento e o Governo não possui disponibilidade financeira para atender as reivindicações.

De acordo com a presidente do Sindepojuc, Genima Evangelista, os escrivães irão se reunir nesta quinta-feira (20), às 14h para decidirem a posição da categoria frente a proposta apresentada pelo governo. (DM)




Fonte: TVCA

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