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Internacional
Segunda - 17 de Dezembro de 2007 às 17:26
Por: Daniela Fernandes/De Paris

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A Autoridade Palestina conseguiu obter nesta segunda-feira a quantia recorde de US$ 7,4 bilhões em ajuda financeira para os próximos três anos, em uma conferência que reuniu 90 países e instituições internacionais em Paris.

Os valores prometidos foram anunciados pelo ministro francês das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, e superam as expectativas iniciais dos palestinos, que previam levantar recursos da ordem de US$ 5,6 bilhões.

Do total de US$ 7,4 bilhões, a soma de U$ 2,9 bilhões será integrada ao orçamento do governo palestino em 2008 e será utilizada para pagar, por exemplo, os 160 mil funcionários públicos da Autoridade Palestina.

A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, que participou da conferência de doadores em Paris, declarou que o encontro representava "a última esperança do governo palestino para escapar da falência”.

Estado palestino

A ajuda financeira internacional tem o objetivo de apoiar a criação de um futuro Estado palestino. Ela deve permitir o desenvolvimento das instituições e da economia dos territórios.

Os Estados Unidos prometeram doar US 550 milhões em 2008. A Arábia Saudita também anunciou aos palestinos uma soma quase equivalente, de US$ 500 milhões.

A União Européia se comprometeu doar US$ 650 milhões no próximo ano.

Além dos valores anunciados pelo bloco, alguns países europeus, como a França, a Alemanha e a Suécia anunciaram, cada um, doações de US$ 300 milhões aos palestinos durante os próximos três anos. A Grã-Bretanha ofereceu a soma de US$ 490 milhões.

A conferência em Paris também se insere na continuidade das negociações de paz, após a reunião em Annapolis, nos Estados Unidos, no final de novembro, durante a qual os israelenses concordaram com a criação de um Estado palestino no final de 2008.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que, além da ajuda financeira, a conferência em Paris também representa apoio político para o seu governo.

A conferência de doadores em Paris também serviu, indiretamente, para reforçar o poder do presidente Mahmoud Abbas face ao grupo radical islâmico Hamas, que tomou o controle da Faixa de Gaza em junho passado.





Fonte: BBC Brasil

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