Menos folga em 2008
Apesar de 19 dias serem considerados feriados e pontos facultativos, quatro deles cairão em domingos e um no sábado. O que aconteceu em novembro, com seis dias sem atividades devido ao feriado prolongado entre os dias 15, em que se comemora a Proclamação da República, e o dia 20 (Consciência Negra), não se repetirá.
No mesmo mês houve ainda o Dia de Finados (2 de novembro) em uma sexta-feira, o que fez do penúltimo mês do ano o campeão em folgas. Contudo, a mesma data incidirá em um domingo no ano que vem e em seguida, o feriado do dia 15 de novembro, em um sábado. Restará apenas aproveitar o feriado estadual da Consciência Negra, no dia 20, uma quinta-feira, mas sem muitos excessos, pois na sexta não haverá ponto facultativo.
No próximo ano, o mês com mais dias livres será maio e não novembro, como aconteceu em 2007. O dia 1º será feriado, em uma quinta-feira, e o seguinte ponto facultativo para servidores estaduais. Depois, Corpus Christi também cairá em uma quinta-feira, no dia 22, e na sexta-feira também haverá ponto facultativo. Em setembro, o único feriado, que é o da Independência (dia 7), cairá em um domingo.
Em 2007, o governo estadual lançou mão dos pontos facultativos - no total foram 11 - e dos feriados para tentar reduzir as despesas e gastos nos órgãos públicos e alcançar o equilíbrio fiscal. A estratégia para 2008 mudou, segundo o secretário-adjunto da Casa Civil, Antônio Kato.
“Os feriados prolongados acarretam muitas interrupções nos trâmites de documentos, o que acaba gerando muitos problemas operacionais. Além disso, há um certo prejuízo, tanto comercial, quanto nos setores de arrecadação. Em 2007, quase houve uma grande dificuldade para fechar as contas com equilíbrio. Nesse sentido, 2008 será bem melhor”, disse.
Apesar de desagradar muitos trabalhadores, a notícia é bem vista entre os comerciantes, que ainda esperam pelos decretos de feriado e ponto facultativo do Executivo municipal. “Para o comércio os dias de folgas prolongadas são muito prejudiciais. Para funcionar é preciso fechar acordo coletivo com o sindicato laboral e, também, muita gente viaja e o dinheiro vai para fora, não circula aqui”, disse o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), José Alberto Vieira Aguiar.
A proprietária de um restaurante no centro de Cuiabá, Valnice Derlan, sentiu no caixa o resultado de muitos dias parados em novembro. “Foi péssimo, caiu em mais de 50% o nosso faturamento. Trabalhamos 16 dias, mas você tem que pagar os funcionários e as contas do mesmo jeito, apesar do dinheiro não entrar”, disse ela. Na outra ponta, a auxiliar de vendas de uma relojoaria, Neth Gomes, afirmou que aproveita o feriado para descansar e admitiu que, apesar da folga ser bem-vinda, ela acarreta prejuízos salariais para quem depende de comissão.
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