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Internacional
Domingo - 16 de Dezembro de 2007 às 18:05

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LA PAZ, 16 dez 2007 (AFP) - O presidente boliviano Evo Morales voltou a pedir diálogo neste domingo sobre as autonomias de quatro províncias da Bolívia, após a aprovação do novo texto da Constituição rejeitado pela oposição.

"Agora é hora de iniciar o tema do diálogo", afirmou o presidente à imprensa local, no terceiro apelo deste tipo dirigido por Morales nos últimos dez dias aos prefeitos das quatro regiões (Santa Cruz, Tarija, Beni e Pando), que no sábado proclamaram sua autonomia.

"Empecemos o diálogo por causa da nova Constituição, temos primeiro que aprovar a lei das autonomias, em segundo lugar, temos que complementar com os estatutos de autonomia, sejam eles departamentais, regionais, provinciais, e principalmente indígenas", afirmou.

No entanto, Morales insistiu que "a base das transformações profundas é a nova Constituição Política do Estado boliviano" que os prefeitos e a oposição de direita repudiam porque consideram que não representa o conjunto do país.

Dianta das repetidas negativas dos prefeitos em negociar com o governo central, Morales disse: "estamos aqui esperando o diálogo".

Sem mencionar diretamente as ofertas de mediação vindas de diversas instâncias, o governante declarou que "respeito muitíssimo algumas personalidades, algumas organizações, alguns embaixadores que tentam persuadir as pessoas que não querem o diálogo, saudamos, admiramos, respeitamos".

Dirigindo-se aos prefeitos, afirmou: "quero lhes dizer que agora é a hora de começar o tema do diálogo", insistiu.

As quatro regiões rebeldes entregaram no sábado seus estatutos de autonomia, em um dia que acabou em festa, apesar dos prognósticos em contrário.

"O governo boliviano em nenhum momento optará pela confrontação", enfatizou Morales.

O porta-voz presidencial, Alex Contreras, abriu no sábado a possibilidade de uma eventual participação de mediadores no conflito, na condição de "observadores", dos embaixadores da União Européia sediados em La Paz.




Fonte: AFP

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