Santos deve anunciar contratação de Leão neste sábado
O acerto com Leão, no entanto, não era a prioridade, já que o Santos foi atrás de outros técnicos. Importantes assessores do presidente Marcelo Teixeira tentaram ouvir as exigências de profissionais considerados de primeira linha, entre eles o argentino Carlos Bianchi, o maior ganhador de Copa Libertadores da América, e Abel Braga, além de Dorival Júnior, que seria a quarta opção.
Os santistas nem conseguiram contato com Bianchi, que enfrenta um sério problema de saúde de uma filha e não pretende voltar à atividade por enquanto. Abel alegou que não pode deixar o Internacional agora porque recebeu uma importância alta adiantada para comprar um imóvel em Porto Alegre, quando assinou contrato. Se as negociações com Leão fracassarem, ele passa a ser o primeiro nome da lista, porém, com um detalhe: o Santos terá que devolver mais de meio milhão de reais ao clube gaúcho em troca de sua liberação. Sobre Dorival Júnior o que foi comentado no clube é que ele quer salário de técnico de ponta, embora seja apenas uma promessa.
Ao contrário de Luxemburgo, que exigia verba especial - dizem que de R$ 20 milhões - para usar na montagem de um time vencedor, se Leão for confirmado deve dispensar boa parte da atual comissão técnica, negociar alguns jogadores que eram titulares do antecessor e trabalhar com pratas da casa. Será um Santos de volta à sua realidade, abandonando a postura de novo rico que adotou após a milionária transação de Robinho para o Real Madrid.
Os dirigentes acreditam que mesmo assim o Santos tem possibilidade de ganhar o terceiro Campeonato Paulista seguido, repetindo o feito de 1969, e de até conquistar a sua terceira edição da Copa Libertadores da América. Lembram que em 2002, após o fracasso do time em todas as competições no primeiro semestre, Leão partiu quase do zero e chegou ao título do Campeonato Brasileiro, quebrando o tabu de 18 anos.
A resistência de Luxemburgo em aproveitar jogadores formados na base, como o lateral-esquerdo Carleto, os volantes Adriano e Dionísio e os atacantes Renatinho e Moraes foi um dos principais problemas enfrentados por Teixeira neste ano. Inicialmente, o técnico preferia apostar em promessas do Iraty, pequeno clube do interior do Paraná, e quando teve que escalar garotos, reclamou que na atual geração não há nenhum Robinho ou Diego.
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