MT é o oitavo em notificações no país
O coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Oberdan Coutinho Lira, afirmou que houve um aumento no número de notificações se levados em conta os dados de 2006, quando os registros marcaram cerca de 17 mil casos. O aumento estaria relacionado principalmente às deficiências de saneamento das cidades e à capacitação de médicos para diagnosticar o vírus.
“Nos lugares onde falta água, temos um sério problema. Isso porque as pessoas fazem os reservatórios no baixo, e deixam os recipientes sem tampa. Esses são os principais criadouros do mosquito no Estado, depois vêm os entulhos e outros tipos”, pontuou Lira. Contudo, ele considerou a situação de Mato Grosso relativamente tranqüila, em comparação com o resto do Brasil.
Entre os municípios mato-grossenses que mais preocupam as autoridades de saúde estão São José dos Quatro Marcos, Lambari D´Oeste e Figueirópolis D´Oeste. Isso porque o Índice de Infestação Predial (LI), que indica em quantas residências foram encontradas larvas do mosquito, é alto nos três municípios. “Acima de 1% já começamos a nos preocupar”, disse.
Em São José dos Quatro Marcos, o LI é de 3,24%, o que pode gerar um surto da doença na cidade. Mês passado, o Levantamento Rápido de Infestação Predial (Lira), feito pelo Ministério da Saúde, apontou que era crítica a situação de Cáceres, com 2,4%, e também de Várzea Grande, com 3,9%. Ambas estavam em situação de alerta.
Nesse período do ano as ações de combate à doença devem ser intensificadas, devido à incidência de chuvas e às festas comemorativas. “A sociedade precisa se conscientizar e ter hábitos saudáveis. Se a pessoa vê um Aedes Aegypti, não precisa esperar pelos agentes de saúde para procurar possíveis criadouros do mosquito no quintal”, frisou Lira. Ele pontuou ainda que é necessário atenção, para que os lixos das festas natalinas tenham a destinação correta.
Comentários