Número de mortes nas rodovias de MT supera as de 2006
Segundo o coordenador de Controle Operacional da PRF, inspetor Alvarez Simões, os problemas de trânsito não podem ser analisados de maneira isolada. Ele pediu rigor no tratamento de motoristas imprudentes. "Todos os elementos que constituem o trânsito estão intrinsecamente ligados aos elementos da segurança pública. Não há diferença entre uma vida perdida por assassinato ou por um acidente de trânsito. É tão assassino o que puxa o gatilho de uma arma quanto o que ingere bebida alcoólica e dirige sem condição de fazê-lo. Portanto, trânsito também é segurança e saúde pública", afirmou.
Foram registrados ainda 2.246 acidentes. Levantamento realizado pelo órgão aponta que 31% dos acidentes registrados aconteceram por causa da falta de atenção este ano. Em seguida, aparecem como causadores de acidente, trafegar em velocidade incompatível, não guardar distância de segurança, desobedecer a sinalização e defeito mecânico.
Os buracos aparecem em penúltimo lugar do "ranking" sendo responsável por 2,7% dos acidentes. Em último, está a sonolência dos condutores.
Mato Grosso possui cerca de 4,8 mil km de rodovias por onde trafegam mais de 10 mil caminhões diariamente. Outros 800 km de estradas, que são as rodovias estaduais, estão em fase final de construção e ligam Comodoro a Sapezal e a Diamantino, o que deve aumentar o tráfego.
A edição de 2007 da Pesquisa Rodoviária CNT (Confederação Nacional dos Transportes) mostra que a malha viária de Mato Grosso está entre as piores do Brasil.
No que diz respeito às condições gerais das ligações rodoviárias mato-grossenses, apenas 169 quilômetros (4,2%) foram considerados ótimos. E 4.018 quilômetros foram avaliados como ruim. A tradução dos números revela que 81,3% da malha foi reprovada. A baixa qualidade pode ser constatada no ranking da CNT. A melhor ligação rodoviária de Mato Grosso é apenas a 44ª do ranking brasileiro, com nota 77,4
De acordo com levantamento da PRF, os trechos em que mais se registram acidentes estão compreendidos na BR-364, na Serra de São Vicente, de Várzea Grande a Diamantino (BR-163), Serra do Mangaval (BR-070), na região de Cáceres e Serra da Petrovina.
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