Mundo não vê Brasil como potência
O levantamento foi feito com cidadãos dos Estados Unidos, Europa, Japão e de quatro economias emergentes - China, Brasil, Índia e Rússia. No total, 9 mil pessoas foram entrevistadas, das quais 1,5 mil no Brasil.
Está claro, segundo a pesquisa, que a posição dos Estados Unidos como única potência mundial sofrerá uma deterioração nos próximos anos. A grande ameaça vem da China. Hoje, 81% dos entrevistados apontam os americanos como "líderes incontestáveis". Para o futuro, 50% apontam a China. Os brasileiros foram os que deram menor relevância ao papel de liderança hoje dos Estados Unidos - para apenas 65% dos brasileiros os Estados Unidos são os líderes.
Segundo a pesquisa, em 2020, a China estará praticamente dividindo a liderança mundial com os americanos. Os Estados Unidos são vistos por 61% dos entrevistados como uma potência, ante 57% no caso da China.
Outra percepção cada vez mais forte é do ressurgimento da Rússia como uma potência internacional. Os russos compartilhariam com a União Européia e Japão a posição de potência, superados apenas pelos americanos e chineses.
Dos 9 mil entrevistados, apenas 5% disseram que Brasil é visto como uma potência mundial hoje. Entre os brasileiros, 13% acreditam que o País ocupa essa posição. Uma proporção maior da comunidade internacional vê a Índia (15%) e Rússia (39%) como potências.
Para 2020, os entrevistados também não colocam o Brasil como uma potência. Apenas 11% estimam que o País ocupará essa posição, ante 29% para a Índia, 37% para a Rússia e 57% para a China.
Para os brasileiros, o fator mais importante em uma potência é a qualidade do sistema educacional, pesquisa e desenvolvimento. O fator menos importante é o poder militar. Para 59% dos chineses, porém, um exército forte é o principal fator de liderança. A média mundial, porém, indica o poder econômico como melhor qualidade. Entre as ameaças, os entrevistados destacam meio ambiente como a principal, com 54% dos votos, ante 49% para o terrorismo e 47% para pobreza.
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