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Economia
Quarta - 12 de Dezembro de 2007 às 21:26

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A China indicou nesta quarta-feira que não quer uma valorização "muito rápida" de sua moeda, desejada em particular por seus parceiros comerciais americanos e europeus.

"Não somos contra jamais uma valorização do yuan, mas não defendemos uma valorização muito rápida", declarou o vice-ministro do Comércio Chen Deming, à imprensa, no primeiro dia de uma nova sessão de Diálogo estratégico econômico sino-americano, em Xianghe, perto de Pequim.

O ministro disse que o valor do dólar é hoje um problema mais grave do que o do yuan.

"Atualmente, estou mais concentrado na desvalorização do dólar e seu impacto e repercussões possíveis sobre a economia mundial", declarou.

Ele destacou ainda que a fragilidade do dólar tem conseqüências sobre os preços do barril de petróleo e sobre os países que possuem ativos em dólares.

Chen Deming considerou que a China e os Estados Unidos, um enquanto primeira potência em desenvolvimento e outro como maior potência industrializada, devem compartilhar as responsabilidades e inclusive as de desenvolver as estabilidades de suas moedas respectivas em vez de expô-las a flutuações significativas.

Segundo o ministro chinês, "o renminbi (outro nome do yuan) já subiu 6% este ano em relação ao dólar, e cerca de 10% desde sua revalorização em 2005".

Ele destacou que, apesar desta valorização, "o comércio sino-americano não decaiu, pelo contrário".

A China afirma regularmente que o valor de sua moeda, subvalorizada aos olhos de seus parceiros, não é a primeira causa de seus déficits comerciais com relação a ela.

Chen disse que o déficit comercial americano em relação à China tem causas estruturais, mas repetiu que Pequim quer tentar resolver este problema e reduzir a brecha.

Ele reconheceu ainda que esta questão do déficit é uma questão sobre a qual o ministro chinês do Comércio e seu par americano divergem muito.

Antes, o secretário americano do Tesouro, Henry Paulson, advertiu contra o aumento do protecionismo ligado aos problemas comerciais, pedindo à China que adote um sistema de taxa de câmbio mais flexível, afinal isto é do interesse inclusive dados chineses.

Em resposta, o vice-ministro do Comércio chinês destacou que "uma valorização mais rápida do renminbi teria repercussões sobre a economia mundial e os mercados financeiros mundiais".





Fonte: AFP

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