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Economia
Terça - 11 de Dezembro de 2007 às 13:19

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O investidor pessoa física interessado em participar da oferta de ações do Banco do Brasil tem até hoje para fazer seu pedido de reserva junto a uma corretora consorciada.

Clientes e empregados do banco têm prioridade na oferta de varejo (conheça as vantagens e os riscos das ofertas do BB e da Perdigão. Saiba também como proceder num lançamento de ações).

Entre os maiores bancos do país, o BB tem suas ações em terceiro lugar na lista das que mais se valorizaram neste ano na Bolsa de Valores de São Paulo. Do início do ano até a última sexta-feira (dia 7), os papéis ON (ordinários, com direito a voto) do Banco do Brasil valorizaram-se 50,7%, segundo a consultoria Economática.

No topo do ranking estão os do Alfa Invest (com alta de 79,7% no ano) e os do Santander (78,9%). Os papéis do BB subiram mais que os do Bradesco (42,3%), do Unibanco (39,9%) e do Itaú (33,8%), entre outros.

O valor mínimo de investimento é de R$ 1 mil, mas o investidor pode participar indiretamente da oferta por meio do Fundo de Investimento em Ações do Banco do Brasil (FIA-BB), com valor mínimo de R$ 200.

Taxas

No caso de compra direta, existe a cobrança da taxa de custódia, da taxa de corretagem (na venda posterior das ações, já que não é cobrada taxa de corretagem em ofertas públicas) e dos emolumentos (recurso pago à Bovespa). No investimento por meio de fundo, o custo é a taxa de administração anual, de 1,5%.

Outro ponto a ser considerado é o regime tributário. Na compra direta, a pessoa física tem isenção de Imposto de Renda se a venda de ações durante o mês for igual ou inferior a R$ 20 mil. No FIA-BB a alíquota é de 15% sobre os rendimentos na data de resgate/amortização das cotas.

Má formação de preço

A oferta prioriza os investidores não institucionais. O mínimo de 20% e o máximo de 80% das ações será destinado ao grupo formado por pessoas físicas, jurídicas e clubes de investimento.

Isso levou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a requisitar a inclusão de um alerta no prospecto sobre a possibilidade de má formação de preço, pois o resultado da coleta de intenções de investimento dos investidores institucionais, que determinam o preço de emissão, pode não representar o interesse da maioria dos participantes da oferta. "Caso o volume final de ações destinado à oferta de varejo seja substancial, há risco de má formação de preço por ação", indica o documento.

Os acionistas vendedores, BNDES Participações e Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), ofertarão inicialmente 87.217.391 ações ordinárias. Tomando por base o valor de fechamento das ações do BB na sexta-feira (R$ 31,30), a oferta movimentará R$ 2,72 bilhões. O montante pode chegar a R$ 3,68 bilhões caso sejam exercidas integralmente as opções por lote suplementar de 15% e adicional de 20%. A distribuição é coordenada por BB Banco de Investimentos, UBS Pactual e Deutsche Bank.

Novo mercado

O controle do BB é do Tesouro Nacional, com 68,7% das ações. A Previ detém 11,4% do capital e o BNDESPar tem outros 5,0%. O "free float" (a parte do banco negociada no mercado de ações) é de aproximadamente 14,8%.

A oferta já era esperada, pois o banco tem de se adequar às regras de listagem do Novo Mercado, que exige "free float" mínimo de 25% do capital. Pelo contrato de participação no segmento especial de listagem, o BB tem até junho de 2009 para atingir a flutuação de 25%.

Com a oferta, a montante de capital pulverizado chega a 18,4%, com a Previ reduzindo sua parte para 10,8% e o BNDESPar para 2,1%. Isso sem considerar o exercício de lote suplementar e adicional.

No ano passado, o BB já havia realizado uma oferta secundária de ações, marcando sua listagem no Novo Mercado da Bovespa. Na época foram distribuídas 52,257 milhões de ações. E a participação de pessoas físicas foi maciça, com 48.602 investidores.





Fonte: Valor Online

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