Tangará: Proliferação de caramujos africanos preocupa setor de Saúde
O Caramujo Africano pode ser portador de diversos parasitas. Embora aqui em Tangará da Serra nenhum caso ainda tenha sido relatado, dois vermes já foram encontrados no Achatina Fulica, conhecido como angiostrongilíase abdominal, que provoca fortes dores no abdome, febre, perda do apetite, vômitos, entre outros sintomas, podendo até mesmo levar à morte. Já o outro verme causa a meningite eosinofílica, ao instalar-se no sistema nervoso central do paciente, inflamando as meninges, membrana que envolve o cérebro e a espinha , que pode levar à morte.
A coordenadora do Setor de Endemias, Maria do Carmo de Lima, afirma que o ideal é que cada morador se preocupe em limpar seu quintal, retirando corretamente o caramujo. Ela explica que ao contrário do que dizem, sal ou salmoura mata apenas o caramujo, porém o verme causador da contaminação continua vivo. O ideal de acordo com a coordenadora, é juntá-los com as mãos protegidas, por uma luva ou saco plástico e então queimá-los. “Só depois de queimados que eles poderão ser jogados no lixo, pois não oferecem mais riscos”, diz Maria do Carmo, frisando ainda que os outros métodos acabam somente com o molusco, sendo que o verme, continuará se desenvolvendo. A coordenadora esclarece que ao receber a denúncia, o Setor de Endemias, orienta o morador de como a ação de captura do molusco deverá ser feita.
CARAMUJO AFRICANO - O molusco reproduz de 180 à 600 ovos por postura, sendo que são até quatro no ano. O crescimento e a maturidade sexual é de quatro a cinco meses. Sua alimentação é herbívora e generalista, ou seja, alimenta-se de tudo que encontra pela frente, como pilhas, tijolos, telhas, madeiras, pneus e outros materiais. Ele pode viver mais de nove anos. Ao morrer, a concha do caramujo, fica normalmente virada para cima. O que cheia de água da chuva, pode servir criadouros para o mosquito Aedes Aegypti, que causa a dengue.
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