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Economia
Terça - 11 de Dezembro de 2007 às 08:04
Por: Alessandra Saraiva

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Nos primeiros 11 meses deste ano, o preço da carne bovina no varejo acumula alta de 13,35% - a mais intensa em cinco anos. Segundo levantamento especial da Fundação Getúlio Vargas (FGV), feito a pedido da Agência Estado, a inflação das carnes bovinas junto ao consumidor no acumulado de 2007 só perde para o aumento de preços desse mesmo produto em 2002, quando as carnes subiram 13,39% nos primeiros onze meses daquele ano.

Para o economista da FGV, André Braz, os preços devem continuar a subir em dezembro. "O ano de 2007 tem tudo para registrar a maior taxa acumulada de variação de preços de carne bovina (no varejo) da década em 2007".

Segundo Braz, praticamente todos os tipos de carne estão em alta no varejo. Dos 13 tipos de carne bovina pesquisados pela FGV, 11 estão com inflação acumulada acima de 10% de janeiro a novembro deste ano.

O destaque das elevações ficou por conta das carnes mais nobres - como as altas acumuladas nos preços de filé mignon (19,66%); e contrafilé (15,17%).

"Essas elevações de preços mais intensas, nos preços de carnes mais caras, não tem um motivo específico. Na verdade, creio que até o final do ano, todas as carnes, incluindo as menos nobres, devem estar registrando elevações de preços bem parecidas entre si".

O ano de 2007 foi muito duro com a produção de carne bovina, na avaliação de Braz. Ele lembra que as dificuldades climáticas prejudicaram muito o pasto para o gado, que teve sua alimentação reduzida.

Além disso, houve um aumento da demanda no mercado interno, por esse tipo de produto. Isso porque, com a melhora de alguns indicadores econômicos, como massa salarial e emprego, aumentou o poder aquisitivo da população, que passou a poder comer mais carne. Ou seja: o cenário deste ano foi de, basicamente, uma oferta reduzida para uma demanda crescente, no segmento de carnes bovinas no varejo.

"Foi diferente do que ocorreu em 2002, por exemplo, quando os preços das carnes subiram, influenciados pelo câmbio", afirma o economista da FGV, lembrando a disparada do dólar naquele ano.

Nesse cenário, o volume de exportações de carne subiu muito, visto que os produtores se sentiram atraídos por uma rentabilidade maior, influenciando oferta no mercado interno.





Fonte: AE

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