Governo deve escolher laptop popular no dia 18
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao Ministério da Educação, marcou para dia 18 de dezembro, às 14h30, o pregão eletrônico que vai definir o laptop popular oficial do projeto Um Computador por Aluno (UCA). Vence a máquina que atender às especificações do edital e apresentar o menor preço, conforme adiantou ao G1 Carlos Eduardo Bielschowsky, secretário de educação a distância do Ministério da Educação (MEC).
O edital desse pregão, de número 59/2007, foi divulgado no último dia 6. A empresa selecionada deverá fornecer 150 mil laptops para 300 escolas do projeto piloto UCA. O Distrito Federal ficará com a maior quantidade de máquinas: 18.260. Em seguida, aparecem o Sergipe (8 mil), Mato Grosso do Sul (7.924), Pará (7.203), Rio Grande do Sul (6.251) e Paraná (6.247). As escolas do projeto piloto de São Paulo testarão 5.507 máquinas, enquanto as do Rio de Janeiro receberão 5.320. O Estado que menos receberá portáteis para testes é Roraima, com 3.353 unidades.
Ainda não há informações das empresas que participarão do pregão, mas as apostas são os computadores Classmate PC, da Intel, Mobilis, da Encore Software, e XO, da fundação One Laptop Per Child (este último era conhecido como “laptop de US$ 100”). Esses foram os computadores que participaram da “fase 1” do projeto, quando cinco escolas públicas brasileiras testaram 1.390 laptops populares. Outras empresas cujos produtos atenderem às exigências divulgadas no edital também poderão participar do pregão eletrônico.
Atualmente, o preço de produção da máquina da Intel fica em US$ 200, mesmo valor do XO, fabricado pela taiwanesa Quanta Computer. No início do ano, em entrevista ao G1 , um representante da Encore Software afirmou que o valor do indiano Mobilis ficava em US$ 400. Configuração
Entres as especificações que aparecem na configuração mínima do computador popular estão memória RAM de 256 MB, unidade de armazenamento tipo NAND flash com pelo menos 1 GB, sistema operacional baseado em software livre em português, duas portas USB, tela de cristal líquido (LCD) de sete polegadas, teclado com proteção contra derramamento de líquidos, controladora de rede sem fio integrada, suporte para os padrões 802.11 b/g, webcam acoplada ao equipamento e bateria com autonomia de três horas.
O computador também deve resistir a impactos de pelo menos um metro de altura em piso rígido (cerâmica, por exemplo), além de oferecer uma solução de segurança via hardware que permita o bloqueio do equipamento, caso ele seja extraviado ou permaneça fora da rede lógica da unidade escolar por um tempo determinado. O prazo de garantia deve ser de no mínimo 36 meses, em todo o território brasileiro.
O vencedor do pregão eletrônico terá de entregar os equipamentos no prazo de 120 dias. A escolha das instituições de ensino que participarão do projeto piloto fica por conta dos governos estaduais e das secretarias municipais de ensino. Em entrevista ao G1, Bielschowsky afirmou que cinco municípios terão esses computadores em todas as escolas, para todos os seus alunos.
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