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Nacional
Sábado - 08 de Dezembro de 2007 às 15:19
Por: Ricardo Rodrigues

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MACEIÓ - Quatro dos nove deputados estaduais acusados de envolvimento no esquema que desviou R$ 200 milhões da Assembléia Legislativa de Alagoas começaram a depor às 14 horas deste sábado, 8, na sede da Polícia Federal em Maceió. Os primeiros depoimentos seriam os dos deputados Dudu Albuquerque (PSB) e Nelito Gomes de Barros (PMN). Eles foram presos durante a Operação Taturana da PF, desencadeada na quinta-feira, 6, quando 40 pessoas foram presas.

O delegado Sandro Augusto, que comanda o plantão da superintendência da PF no Estado, confirmou que os depoimentos seriam feitos neste sábado. Depois dos depoimentos de Albuquerque e Gomes de Barros seriam ouvidos, a partir das 16 horas, os deputados Maurício Tavares (PTB) e Edival Gaia Filho (PSDB).

Na manhã desta sábado, o delegado José Pinto Peruna, superintendente da PF em Alagoas, confirmou os nomes dos nove deputados estaduais acusados de envolvimento no golpe. Os deputados envolvidos são Antônio Albuquerque (DEM), Cicero Amélio (PMN), Arthur Lira (PMN), Nelito Gomes de Barros (PMN), Edival Gaia Filho (PSDB), Dudu Albuquerque (PSB), Isnaldo Gulhões (PMN), Maurício Tavares (PTB) e Cícero Ferra (PMN). O deputado estadual Cícero Ferro (PMN), que foi preso na Operação Taturana por porte ilegal de arma, não está na relação dos notificados.

Solto

Dos 40 presos, apenas o ex-governador Manoel Gomes de Barros já foi solto. Os demais continuam presos na Academia da Polícia Militar, em Maceió. Barros foi solto por determinação da Justiça estadual. Ele foi detido por porte ilegal de arma, mas alegou que o armamento encontrado em sua fazenda era dos policiais que fazem sua segurança.

Ao ser liberado, às 22 horas de quinta-feira, o ex-governador negou envolvimento na fraude e disse que há mais de dez anos não tem ligação nenhuma com a Assembléia. O advogado José Fragoso Cavalcante confirmou que o mandado de busca e apreensão executado pela PF na fazenda de Barros, em União dos Palmares (AL), seria decorrência da denúncia contra o deputado Nelito Gomes de Barros, filho do ex-governador.

Datas

Os deputados estaduais têm direito a foro privilegiado, por isso podem agendar os depoimentos. Segundo a Justiça, eles terão cinco dias úteis para isso. O advogado de Antônio Albuquerque, Adelmo Cabral, já anunciou que ele quer depor apenas em 8 de janeiro.

O advogado Tutmés Ayran, contratado por Dudu Albuquerque, também prefere que seu cliente deponha em janeiro. Ayran disse que quando mais tempo ganhar melhor. "Todos os advogados vão querer marcar os depoimentos para a data limite, para que possam se inteirar do processo e preparar a defesa dos clientes. Não há nenhum propósito protelatório", ressalvou. Ele contou que Dudu Albuquerque é acusado de receber dinheiro da Assembléia Legislativa de fontes ilícitas, sem ser da folha de pagamento.

Depois de receber as propostas de data dos advogados, o delegado que investiga o caso, Janderlyer Lima, vai analisar se as aceita. Mas ele já adiantou que gostaria de agendar depoimentos para os próximos dias.





Fonte: Estadão

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