Para Greenpeace, desmatamento menor na Amazônia coincide com crise agrícola
O coordenador de políticas públicas do Greenpeace, Sérgio Leitão, disse, no entanto, que o governo não tem muito o que comemorar. De acordo com o ambientalista, o período de redução do desmatamento coincidiu com o período de crise sofrido pela produção agrícola no ano passado.
"A impressão que nós temos é que estes números não condizem com a realidade do segundo semestre de 2007 e nem com a realidade do próximo ano, porque o 'leão' do agronegócio voltou a acordar e os preços agrícolas respondem significativamente ao desmatamento”, alertou.
Já o diretor do Departamento de Articulação de Ações da Amazônia, do Ministério do Meio Ambiente, André Lima, disse que o resultado se deve às ações de preservação do governo que começaram em 2005.
"Foram criadas mais de 20 milhões de hectares de unidades de conservação em regiões de fronteira agrícola, e isso sem dúvida nenhuma gera um efeito imediato", afirmou.
Mesmo com o bom resultado, Lima acredita que será difícil continuar com as reduções de desmatamento sem inovações nas fiscalizações.
"Abaixar a taxa para menos que essa taxa verificada em 2007, de 11.224 quilômetros quadrados, será muito difícil. Estamos trabalhando um conjunto de medidas inovadoras que fortalecerão o combate ao desmatamento em áreas prioritárias", disse.
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