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Esportes
Sábado - 08 de Dezembro de 2007 às 12:17

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O taekwondo brasileiro decide neste fim de semana, em Cali (Colômbia), se estará presente ou não na Olimpíada de Pequim.

Se no tatame a pressão será grande, já que a seletiva olímpica das Américas marca a última chance para figurar nos Jogos de 2008, fora dele a modalidade enfrenta um racha entre atletas e a CBTKD (Confederação Brasileira de Taekwondo).

COB PAGA

Como um imbróglio jurídico impede a CBTKD de usar recursos públicos, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) é quem paga os lutadores. E informa que aguarda solicitação para fazer os repasses de outubro, novembro e dezembro.

Enquanto Diogo Silva (até 68 kg) e Márcio Wenceslau (até 58 kg), no masculino, e Natália Falavigna (acima de 67 kg) e Débora Nunes (até 57 kg), no feminino, lutam para ir ao pódio no torneio _os três primeiros da cada uma das oito categorias asseguram vaga ao país em Pequim_, a confederação corre o risco de ser acionada na Justiça por quebra de contrato.

Após falhar na seletiva mundial na Inglaterra, em outubro, o país se mostra otimista. "O Brasil tem boas chances de voltar com pelo menos três vagas. Vamos ver", afirma Yong Min Kim, presidente da CBTKD, que cortou o salário de 11 dos 16 atletas da seleção. "Não falo das questões financeiras. Isso é com o diretor da área."

O vice-presidente técnico, Marcelino Barros, deixou o cargo há 38 dias sob alegação de não poder "participar ou colaborar com a falta de ética no esporte", e a confederação é acusada de, após o Pan e sem aviso prévio, deixar os atletas sem salário (R$ 600/mês) que vigoraria, por contrato, até este mês.

"Cortaram tudo e nos deixaram na mão. Deram aumento aos medalhistas do Pan, Diogo, Natália, Marcelo [Wenceslau] e Leonardo dos Santos, e cortaram os demais", critica o lutador Carlos Izidoro, que diz que, após o Pan, quando se lesionou, foi abandonado pela CBTKD.

O diretor financeiro da entidade, Valdemir José de Medeiros, alega que os salários foram cortados "temporariamente". "Foi feito um remanejamento. Para dar aumento a nossos atletas, tive que pegar dos outros salários. Agora, se conseguirmos as vagas, a verba aumentará e faremos o acerto."

Os atletas, porém, não receberam os salários de outubro, novembro e dezembro. Até o treinador coreano Pam Sun Chun, considerado um dos melhores do mundo, está sem receber salário desde o Pan.

Segundo Medeiros, todos foram avisados do corte. Os atletas contestam e, segundo a lutadora Valdirene Ferreira, irão entrar na Justiça para receber.





Fonte: Folha Online

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