Depressão 'pode aumentar risco de osteoporose', diz estudo
O estudo, publicado no Archives of Internal Medicine, comparou 89 mulheres deprimidas com 44 sadias, com idades entre 21 e 45 anos.
Os cientistas concluíram que 17% das deprimidas apresentavam o osso da bacia mais fino. Das que não sofriam de depressão, apenas 2% mostraram a mesma deficiência óssea.
A perda de massa óssea na espinha lombar também foi registrada em 20% das mulheres deprimidas e em apenas 9% das sadias.
Segundo os pesquisadores, as mulheres deprimidas têm um sistema imunológico hiperativo, o que provoca uma grande produção de substâncias que promovem inflamações e perda da massa óssea.
'Silenciosa'
"A osteoporose é uma doença silenciosa", definiu Richard Nakamura, vice-diretor do Instituto Nacional de Saúde Mental, e um dos autores da pesquisa. "Em geral, o médico só se dá conta quando o paciente já aparece com uma fratura óssea."
"Mas agora sabemos que a depressão é uma espécie de bandeira vermelha - e que as mulheres deprimidas têm mais chances de chegar à menopausa com esse risco", afirmou.
Outros fatores de risco, como o baixo consumo de cálcio, a ingestão de bebidas alcóolicas e o uso de pílulas anticoncepcionais, foram semelhantes nos dois grupos de voluntárias analisados no estudo.
A pesquisa também não encontrou uma ligação entre os medicamentos anti-depressivos e o aumento no risco da osteoporose.
A doença afeta cerca da metade de todas as mulheres com idade acima de 50 anos.
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