Ataques a bomba matam 26 na província mais violenta do Iraque
A mulher-bomba matou 16 pessoas e feriu 27. O alvo do ataque foram ex-insurgentes sunitas que trocaram de lado e passaram a ajudar no combate à Al Qaeda.
No segundo ataque, o carro-bomba matou sete soldados iraquianos e três integrantes de patrulhas locais. Oito pessoas ficaram feridas.
A província de Diyala fica a nordeste de Bagdá e possui diversas etnias e religiões. Segundo as forças dos Estados Unidos, combatentes da Al Qaeda estão tentando se reagrupar ali depois de terem sido expulsos de outras áreas.
Segundo a polícia, o ataque da mulher-bomba teve como alvo um prédio usado pelas Brigadas Revolucionárias de 1920 na cidade de Muqdadiya, que fica 90 km a nordeste de Bagdá. As brigadas já foram um dos principais grupos de insurgentes árabes sunitas que lutavam contra as forças dos EUA e o governo liderado pelos xiitas, mas nos últimos meses vários de seus membros começaram a se alinhar às forças de segurança oficiais.
Havia mulheres e crianças entre as vítimas, afirmou a polícia. De acordo com testemunhas, uma mulher foi até o prédio, que fica numa rua cheia de lojas, e começou a fazer perguntas. Ela detonou o colete que usava quando as pessoas que faziam compras antes das orações de sexta-feira começaram a se aglomerar a sua volta.
"É sexta-feira e a área estava lotada", disse Ammar Fadhel, 35, à Reuters. As Forças Armadas dos EUA falaram em 12 mortos e 18 feridos -- todos civis, segundo um email enviado à Reuters.
No segundo ataque, um motorista que dirigia o carro-bomba investiu contra um posto de controle no vilarejo de Dali Abbas, que, assim como Muqdadiya, fica bem perto de Baquba, capital de Diyala.
O envio de 30 mil soldados norte-americanos extras no início do ano e a atuação de patrulhas locais, organizadas principalmente por líderes tribais árabes sunitas, ajudaram a reduzir a violência no Iraque aos níveis mais baixos em quase dois anos.
As forças dos EUA dizem que a operação desenraizou a Al Qaeda de seus redutos, como a província de Anbar, empurrando-a para áreas ao norte do Bagdá como Diyala, que hoje é o principal foco da luta contra a organização.
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