Repórter News - reporternews.com.br
Strauss-Kahn: FMI planeja cortar 15% dos funcionários
Com a forte queda na demanda por empréstimos ao Fundo Monetário Internacional (FMI), o novo chefe do órgão, Dominique Strauss-Kahn, disse que planeja cortar até 15% do número de funcionários da instituição, na primeira rodada significativa de dispensas desde a criação, em 1945. Trata-se da primeira iniciativa de Strauss-Kahn para recuperar a relevância do FMI num momento em que os países em desenvolvimento crescem rapidamente, freqüentemente com grandes reservas estrangeiras e com pouca necessidade de recorrer ao fundo.
Os cortes de funcionários são parte da estratégia de Strauss-Kahn de ganhar o apoio dos Estados Unidos e da Europa para um plano de vender parte das reservas em ouro do FMI e investir em ativos de maior retorno. "Tudo isto é possível apenas se eu tiver o compromisso de diferentes governos", disse Strauss-Kahn, em sua primeira entrevista longa desde que assumiu o posto em 1º de novembro. "Se não, nada será feito."
O ex-ministro das Finanças da França está tentando tornar o FMI numa força na política econômica global. Durante a entrevista, ele mergulhou em diversas questões polêmicas. Sobre câmbio, descreveu o dólar, que está em forte queda, como um movimento "na direção certa". Ecoando pedidos dos EUA e da Europa, ele disse que a China deveria deixar o yuan se valorizar, mas disse que isso não será suficiente para restaurar o equilíbrio da economia global.
O FMI também tem um papel importante para assegurar que os fundos soberanos - enormes fundos de governos que cada vez mais investem nos EUA e na Europa - atuem de forma amigável, disse. Críticos temem que alguns países, como China, Arábia Saudita e Rússia, usem os fundos para ampliar seu poder político.
Futuro
Ele fez distinções entre os fundos soberanos da Arábia Saudita, Noruega e outros nações petroleiras e os da China. Países com recursos naturais estão formando fundos de investimento para as futuras gerações quando os recursos naturais se esgotarem. O fundo de US$ 200 bilhões da China, no entanto, se beneficia de um boom de exportação em parte gerado pelo câmbio subvalorizado. O FMI está elaborando um código das "melhores práticas" para guiar os fundos soberanos.
Segundo Strauss-Kahn, o FMI enfrentará um déficit anual de US$ 400 milhões por volta de 2010 se a demanda por empréstimos não se recuperar. Ele reduziria o déficit em cerca de US$ 100 milhões com um corte de pessoal de 2.634 para 300 ou 400 empregos.
Argentina
Strauss-Kahn disse que quer recuperar as relações com a Argentina, severamente afetadas desde a crise econômica de 2001 que levou a uma profunda recessão. Autoridades do FMI reconheceram que falhas no aconselhamento ao país tiveram um papel importante na crise. Mas a Argentina agora precisa do FMI. Buenos Aires quer reestruturar US$ 6,3 bilhões em dívida com outros governos em negociações com o Clube de Paris, grupo informal de credores. Em geral, o Clube de Paris exige que os devedores tenham também um programa formal de reestruturação econômica com o FMI.
Strauss-Kahn planeja visitar a Argentina no domingo para a posse da presidente eleita Cristina Kirchner, a primeira visita de um chefe do fundo em cerca de três anos. As informações são do Wall Street Journal Asia, publicadas pela agência Dow Jones.
Os cortes de funcionários são parte da estratégia de Strauss-Kahn de ganhar o apoio dos Estados Unidos e da Europa para um plano de vender parte das reservas em ouro do FMI e investir em ativos de maior retorno. "Tudo isto é possível apenas se eu tiver o compromisso de diferentes governos", disse Strauss-Kahn, em sua primeira entrevista longa desde que assumiu o posto em 1º de novembro. "Se não, nada será feito."
O ex-ministro das Finanças da França está tentando tornar o FMI numa força na política econômica global. Durante a entrevista, ele mergulhou em diversas questões polêmicas. Sobre câmbio, descreveu o dólar, que está em forte queda, como um movimento "na direção certa". Ecoando pedidos dos EUA e da Europa, ele disse que a China deveria deixar o yuan se valorizar, mas disse que isso não será suficiente para restaurar o equilíbrio da economia global.
O FMI também tem um papel importante para assegurar que os fundos soberanos - enormes fundos de governos que cada vez mais investem nos EUA e na Europa - atuem de forma amigável, disse. Críticos temem que alguns países, como China, Arábia Saudita e Rússia, usem os fundos para ampliar seu poder político.
Futuro
Ele fez distinções entre os fundos soberanos da Arábia Saudita, Noruega e outros nações petroleiras e os da China. Países com recursos naturais estão formando fundos de investimento para as futuras gerações quando os recursos naturais se esgotarem. O fundo de US$ 200 bilhões da China, no entanto, se beneficia de um boom de exportação em parte gerado pelo câmbio subvalorizado. O FMI está elaborando um código das "melhores práticas" para guiar os fundos soberanos.
Segundo Strauss-Kahn, o FMI enfrentará um déficit anual de US$ 400 milhões por volta de 2010 se a demanda por empréstimos não se recuperar. Ele reduziria o déficit em cerca de US$ 100 milhões com um corte de pessoal de 2.634 para 300 ou 400 empregos.
Argentina
Strauss-Kahn disse que quer recuperar as relações com a Argentina, severamente afetadas desde a crise econômica de 2001 que levou a uma profunda recessão. Autoridades do FMI reconheceram que falhas no aconselhamento ao país tiveram um papel importante na crise. Mas a Argentina agora precisa do FMI. Buenos Aires quer reestruturar US$ 6,3 bilhões em dívida com outros governos em negociações com o Clube de Paris, grupo informal de credores. Em geral, o Clube de Paris exige que os devedores tenham também um programa formal de reestruturação econômica com o FMI.
Strauss-Kahn planeja visitar a Argentina no domingo para a posse da presidente eleita Cristina Kirchner, a primeira visita de um chefe do fundo em cerca de três anos. As informações são do Wall Street Journal Asia, publicadas pela agência Dow Jones.
Fonte:
AE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/195247/visualizar/
Comentários