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Quinta - 06 de Dezembro de 2007 às 22:36

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Washington, 6 nov (EFE).- O satélite japonês Hinode desvendou muitos mistérios do Sol, entre eles os que envolvem seu campo magnético e as tempestades de vento solar que provocam interferências nas comunicações da Terra, segundo revelaram dez relatórios divulgados hoje pela revista "Science".

Os dados científicos proporcionados pelo Hinode (Aurora, em japonês) ajudarão a explicar as enormes diferenças de temperatura que existem entre a superfície relativamente fria do Sol e sua candente atmosfera.

Também servirão para elucidar a origem dos ventos solares que se deslocam pelo vazio cósmico e alteram a atmosfera de nosso planeta, informaram os cientistas que participaram dos estudos.

Essas alterações são responsáveis pelos fenômenos que os cientistas classificam como o "clima espacial" que permanentemente ameaça as telecomunicações, os sistemas de navegação e as redes de provisão elétrica da Terra.

Um dos resultados considerados de grande importância da missão do satélite japonês que conta com telescópios da Nasa foi o descobrimento de um tipo de onda magnética que se desloca pelo plasma solar.

A existência dessas ondas tinha sido prevista pelo físico sueco Hannes Alfven, ganhador do Prêmio Nobel de Física em 1970.

"Até agora tinha sido impossível observar as ondas devido à resolução limitada dos instrumentos disponíveis", declarou Alexei Pevtsov, cientista do programa.

O Hinode foi colocado em órbita terrestre em setembro de 2006 e ocupa uma posição que o mantém de forma permanente frente ao Sol.

Para suas observações utiliza espectrômetros que investigam a estrela por meio de imagens ópticas.

Esses dispositivos permitem que os cientistas captem imagens de alta resolução que mostram as estruturas e os campos magnéticos no interior do plasma solar.

A missão do satélite Hinode é dirigida pela Agência de Prospecção Aeroespacial do Japão, que conta com colaboração da Agência Espacial Européia (ESA), da Nasa (agência espacial americana) e do Conselho de Ciência e Tecnologia do Reino Unido.




Fonte: EFE

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