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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Quinta - 06 de Dezembro de 2007 às 20:09

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Roma, 6 dez (EFE).- O Governo italiano superou hoje um arriscado voto de confiança que tinha imposto no Senado para a aprovação de um projeto de lei sobre segurança.

Como acontece toda vez que se vota no Senado, o Governo conseguiu vencer por uma diferença apertada: 160 a 158, graças ao apoio de cinco senadores vitalícios.

O gabinete de Romano Prodi tinha decidido combater as dificuldades que estava tendo no Senado para a aprovação das emendas sobre a lei de segurança com a imposição de um voto de confiança.

Agora a lei vai para a Câmara, incluindo o decreto polêmico que permite expulsões de cidadãos de países da UE por motivos de segurança, que até agora só afetou romenos.

Ao longo do dia, as declarações de vários dos políticos que formam a ampla coalizão "A União", fizeram prever que as coisas não seriam fáceis para Prodi.

O senador Franco Turigliatto já tinha anunciado que votaria contra, como protesto contra o decreto de expulsão, que ele considera "racista".

Quando a divisão parecia resolvida, a maioria voltou a se desagregar esta vez pelo artigo da lei que prevê penas de até três anos para quem divulgar idéias sobre "superioridade racial" ou fomentar discriminação por motivos religiosos ou de orientação sexual.

Os membros da ala católica da União ameaçaram com não apoiar o voto de confiança, perplexos com uma lei que pode prever pena contra quem não aceitar o homossexualismo.

No final, a senadora Paola Binetti, expoente do ala católica do recém-nascido Partido Democrata, decidiu votar "não" e retirar sua confiança ao Governo.

O gabinete de Prodi voltou a se salvar porque cinco dos sete senadores vitalícios votaram a favor: Emilio Colombo, a Nobel de Medicina Rita Levi Moltalcini, e os ex-presidentes da República Oscar Luigi Scalfaro, Francesco Cossiga e Carlo Azeglio Ciampi.

Após a votação, o Ministro de Relações com o Parlamento, Vannino Chiti, explicou que o Governo se empenhará em cancelar o artigo sobre discriminação sexual até o fim do ano.

A condição, segundo os analistas, foi imposta pela bancada católica, com a qual conseguiu salvar a vida do Governo.




Fonte: EFE

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