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Internacional
Quinta - 06 de Dezembro de 2007 às 19:18

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OMAHA, ESTADOS UNIDOS - O ex-estudante de 19 anos que matou oito pessoas e cometeu suicídio na quarta-feira em um shopping center de Nebraska entrou no local escondendo o rifle num casaco e começou a disparar sem dar aviso assim que saiu do elevador no terceiro andar, disse a polícia no dia seguinte ao crime.

Robert Hawkins deixou mensagens de texto e voz para parentes e amigos. "Ele aparentemente estava vivendo alguns problemas de saúde mental, idéias de suicídio", afirmou o chefe de polícia Thomas Warren a jornalistas.

As vítimas tinham entre 24 e 66 anos e incluíam cinco funcionários da loja de departamentos Von Maur.

Warren disse que Hawkins fez mais de 30 disparos. "Parece que as vítimas foram escolhidas aleatoriamente."

Há quatro feridos, dois deles em estado grave, segundo o policial. Uma quinta pessoa passou mal durante o incidente.

A análise das fitas do circuito interno de TV e entrevistas revelaram, segundo Warren, que os seguranças do shopping Westroads, desarmados, perceberam que o rapaz entrara com um rifle no local. Hawkins rapidamente pegou o elevador até o terceiro andar e começou a disparar assim que a porta se abriu.

A julgar pelas imagens, ele aparentemente entrou com a arma envolta num suéter com capuz. Warren disse que o rifle fora furtado do padrasto do adolescente, mas ainda não se sabe se ele havia sido adquirido legalmente.

O jornal Omaha World-Herald disse que Hawkins havia recentemente perdido o emprego numa lanchonete, acusado de furtar 17 dólares, havia rompido com a namorada e se sentia inútil.

"Sou um pedaço de merda, mas agora vou ser famoso", declarou ele num bilhete reproduzido pelo jornal.

Hawkins morava desde 2006 com a família de uma namorada adolescente, cuja mãe contou que ele recentemente lhes mostrou o rifle -- a mulher achou que a arma era velha demais para funcionar.

O jornal disse que os pais de Hawkins se divorciaram quando ele tinha 3 anos e que ele passou algum tempo sob a guarda de estranhos.

A mãe da ex-namorada contou que ele aparentemente tentava mudar de vida. "[Quando soube do massacre] pensei: 'Oh, meu Deus, tomara que não seja Robbie"', afirmou. Foi então que ela achou o bilhete, que incluía um testamento.

Casos como esse são comuns nos Estados Unidos, onde a posse de armas é disseminada e garantida pela Constituição --algo sobre o que a Suprema Corte em breve deverá se pronunciar.

A Casa Branca lamentou essa "terrível tragédia."




Fonte: Reuters

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