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Internacional
Quinta - 06 de Dezembro de 2007 às 18:50

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Rio de Janeiro, 6 dez (EFE).- O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o egípcio Mohamed ElBaradei, defendeu hoje o programa nuclear brasileiro, que, segundo o Prêmio Nobel da Paz, "pode ser mais ambicioso".

Durante visita à fábrica de combustível nuclear de Resende (RJ), ElBaradei justificou o Programa Nuclear Brasileiro, associado a outras matrizes energéticas como as de gás natural e as hidrelétricas, diante o consumo crescente de energia convencional.

"O importante é ter a segurança de que a energia nuclear é utilizada com altos níveis de segurança e exclusivamente com fins pacíficos. Nossos inspetores estão aqui o tempo todo, trabalhando próximo às autoridades brasileiras", afirmou.

Enquanto caminhava pelas instalações das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), ElBaradei disse: "o consumo per capita de energia elétrica no Brasil é de 2,6 milhões de quilowatts/hora por ano, que é um terço do consumo em países desenvolvidos".

"Por isso, o Brasil precisará desenvolver fontes de energia e tem que usar todas as formas possíveis: gás, hidroelétrica e nuclear", acrescentou.

O projeto de construir oito pequenas usinas nucleares até 2030 e a finalização da usina de Angra III "não despertam preocupação" para a agência internacional, encarregada de fiscalizar o uso da energia atômica no mundo, apontou.

"Nós vemos grande interesse na expansão da energia nuclear, influenciada pelas mudanças climáticas e pela competição por gás e petróleo. Temos que entender que a energia nuclear garante independência", destacou.

O diretor-geral da AIEA avaliou o uso da energia nuclear em 30 países, especialmente em nações em desenvolvimento como a Turquia e a Indonésia.

Para ElBaradei, o Programa Nuclear Brasileiro "tem condições de ser mais ambicioso que atualmente".

A unidade da INB visitada pelo diretor da AIEA está em fase "pré-operacional" desde 2006 e espera-se que em 2010 já esteja produzindo cerca de 60% do urânio enriquecido para as usinas nucleares de Angra I e II.




Fonte: EFE

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