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Internacional
Quinta - 06 de Dezembro de 2007 às 18:32

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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse nesta quinta-feira (6) que vai governar até 2013, quando termina seu atual mandato, depois de rejeitada a reforma constitucional que permitiria a reeleição contínua a cada sete anos.

Em discurso em Caracas, o presidente venezuelano foi contra afirmações anteriores, de que pretendia voltar a tentar aprovar reformas na Constituição, e passou a recriminar seus militantes pela derrota no referendo.

"Uma coisa são os gritos e outra é a realidade; a reforma não foi aprovada e terei que sair do governo em 2013; vou trabalhar sem descanso até o último dia", disse Chávez em um ato em um fórum da capital, em que os seus seguidores exclamavam "Uh ah, Chávez não se vá!".

Ao mesmo tempo, lançou a seus seguidores: "Vocês têm uma dívida comigo, vocês dirão se me pagam ou não, vocês têm uma dívida comigo, com a pátria e com o futuro".

"Não importa se ao final eu fique com quatro ou cinco revolucionários. Não quero revolucionários de meia-tigela", bradou Chávez a seus seguidores, em um ato no qual militantes bolivianos e africanos foram graduados na chamada missão educativa "Che Guevara".

Chantagem

Chávez afirmou que a vitória do "Não" no referendo de domingo (com 50,7% dos votos) se deveu a uma "chantagem" segundo a qual uma onda violência seria desatada se o "Sim" ganhasse.

A multidão exclamou um sonoro "Nããão!" quando Chávez considerou a possibilidade de que "os que ganharam o 'Não' voltem a governar o país, que é o que eles querem".

"Uma coisa são os gritos, outra coisa é o voluntarismo e outra coisa é a realidade", respondeu Chávez.

"Não estamos enfrentando os 'piti-yanquis' (pró-americanos) daqui, mas o império dos Estados Unidos, o império mais poderoso da Terra", disse.

"Não viram ao presidente dos Estados Unidos celebrando a vitória do 'Não'?", perguntou.

Chávez fazia assim a uma declaração na qual o presidente George W. Bush disse que os venezuelanos votaram pela democracia.

"Perdemos em Caracas, perdemos nos bairros [regiões mais pobres da capital], milhões que não foram votar poderão dizer o que quiserem, mas eles não têm desculpa: foi falta de consciência", disse. "Um revolucionário não procura desculpa", acrescentou.




Fonte: AFP

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