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Cidades/Geral
Quinta - 06 de Dezembro de 2007 às 13:52

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Depois da interdição do único hospital do município de Alto Paraguai (200 quilômetros de Cuiabá), moradores da cidade só têm atendimento em postos de saúde. A Prefeitura Municipal afirma que não têm condições de resolver os problemas que levaram ao fechamento do prédio.

O município tem pouco mais de 8 mil habitantes. Pacientes, há mais de uma semana, só podem procurar atendimento médico nos dois postos de saúde da família. Mas, de acordo com a Vigilância Sanitária, os locais também estariam com problemas. "Esse hospital está sendo acompanhado pela Vigilância há muito tempo. O que ele precisa, no momento, é a regularização da situação, tanto na documentação como na estruturação. Dessa forma consegue a liberação", afirmou o superintendente da Vigilância Sanitária, Fábio José da Silva.

O Hospital Marzavão de Siqueira está lacrado pela Vigilância Sanitária desde a última quarta-feira (28). A estrutura construída em 1969 começou a funcionar em 74. Há infiltrações e problemas elétricos. No hospital eram realizados procedimentos de baixa complexidade. Entre janeiro a outubro deste ano, cerca de 1,5 mil pessoas tiveram que ser atendidas em Cuiabá e Várzea Grande. O que corresponde a 90% da demanda médica de Alto Paraguai. O restante vai para municípios vizinhos, como Diamantino e Nortelândia.

Para o secretário municipal de saúde, Edvalton Pereira da Silva, Alto Paraguai estaria perdendo recursos. "Temos um recurso de R$ 8 mil ao mês e gastamos R$ 32 mil. Então tendo o hospital funcionando vai ter a mesma despesa, além do deslocamento para qualquer outro hospital", disse.

O Ministério Público já havia alertado para os problemas no hospital. Ela cobra na Justiça o cumprimento de um termo de ajustamento de conduta assinado no ano passado. O documento pedia providências. " Na ação de execução, nós requeremos do Poder Judiciário que fixasse multa pessoal ao prefeito da cidade e não ao município, então, não cumprindo o que o próprio prefeito pagasse multa diária pelo descomprimento do que foi pactuado pelo MP", explicou a promotora, Regilaine Crepaldi.

Já o prefeito, Umbelino Alves Campos, disse que os gastos com o hospital Marvazão são mais altos do que se arrecada com ele, e pediu mais tempo à Justiça para resolver a situação."Nosso prazo expira dia 31 de dezembro e vamos fazer uma contraproposta ao Ministério Público", disse.





Fonte: Da Redação/TVCA

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