É perigoso seguir dicas de saúde divulgadas na internet, afirma pesquisa
Preocupados com esse tema, pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, resolveram tentar avaliar não só a qualidade da informação existente sobre um determinado tema mas também quantificar a reação dos internautas às informações vistas.
O tema escolhido por eles foi vacinação, e o território a ser explorado, o YouTube, site onde são postados vídeos de todo mundo. As imagens eram avaliadas quanto à qualidade da informação cientifica, à reação dos usuários (através da pontuação em estrelas concedidas aos vídeos) e quanto à imagem passada sobre o tema, se positiva ou negativa.
Os cientistas identificaram 153 vídeos em língua inglesa e que abordavam imunização em humanos. Felizmente existiam mais vídeos trazendo uma imagem positiva da vacinação (48%) do que negativa (32%). O que preocupou os estudiosos foi o fato de que os vídeos negativos recebiam uma pontuação maior dos usuários do que os positivos, e os sites oficiais receberam as piores notas.
Os vídeos com imagem negativa, ou contrária à vacinação, traziam informações que contradiziam as diretrizes e o conhecimento científico sobre o tema.
Os assuntos mais abordados foram os relativos à vacinação infantil, seguido de perto pela imunização contra o HPV. Exemplos de desinformação prestada por esses vídeos:
Vacinas são dolorosas
Vacinas levam à seqüelas graves
Vacinas causam autismo
Todos esses pontos já estão devidamente estudados por órgãos de saúde pública mundial, que estabeleceram consensos que mostraram que as vacinas previnem doenças graves, são seguras e com certeza as armas mais eficazes, em termos de saúde pública, desenvolvidas pelo homem.
De qualquer forma, esse estudo, apresentado na edição de 5 de dezembro da revista "Jama", mostra que os médicos e associações médicas devem se preocupar em atualizar suas mensagens para que chegue a todos, inclusive ao público que navega na grande rede.
A difusão da informação cientificamente correta deve ser encarada como um dever de todo profissional de saúde. Só assim teremos uma sociedade informada e consciente, capaz de participar de forma responsável no cuidado de sua saúde.
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