Brasil Telecom de Cuiabá dispensa 142; 52 são deficientes

Após um bom tempo de expectativa, 142 funcionários, a maioria operadores de telemarketing e, pelo menos 50 portadores de alguma deficiência física, da Telepermance Brasil, multinacional prestadora de serviços de telemarketing, receberam um presente de grego. Praticamente às vésperas do Natal, eles foram demitidos e receberam a informação de que a Brasil Telecom não iria contratá-los conforme prometido. Há dois meses, e empresa de telefonia, que se beneficiava dos serviços dos operadores de telemarketing, assinou um termo de compromisso garantindo alocação. Nesta terça, porém, um representante da Brasil Telecom informou que a empresa de telefonia não tem mais interesse em manter o serviço em Cuiabá.

Os demitidos, alguns com quase seis anos de carteira assinada, se vestiram de preto e fizeram um protesto em frente as duas empresas. Os deficientes temem a dificuldade de encontrar espaço no mercado de trabalho. A empresa de telecomunicações Teleperformance Brasil demitiu todos os seus funcionários em várias partes do país, mas só em Cuiabá a Brasil Telecom não cumpriu o acordo. Além do seguro desemprego, a empresa ofereceu aos desempregados uma espécie de bonificação, pagamento equivalente a duas vezes o salário.

Também asseguraram atuar junto a uma agência de empregos para ajudar na realocação profissional, o que os funcionários não consideram suficiente. Segundo o presidente do sindicato dos Trabalhadores Telefônicos de Mato Grosso (Sinttel), Lauro Benedito de Siqueira, o fato pegou a todos de surpresa. “A Brasil Telecom desrespeitou o trabalhador e ainda tenta passar um mel na boca de todos ao oferecer um dinheiro que não vai assegurar plano de saúde e muito menos emprego”, critica o presidente do sindicato.

Protesto

Nesta quinta (6), os ex-funcionários da Teleperformance que foram dispensados pela Brasil Telecom realizam novo protesto, agora com o apoio dos vereadores. Enelinda Scala (PT), Dilemário Alencar (PTB), Mário Lucio (PMDB), Lúdio Cabral (PT) e Luiz Marinho (DEM) vão usar a tribuna do plenário da Câmara para defender os trabalhadores. Eles pedem uma nova posição da empresa.