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Cidades/Geral
Quarta - 05 de Dezembro de 2007 às 14:50

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Índios libertam policiais que foram mantidos reféns por cerca de 40 horas, em uma aldeia indígena no município de Barra do Bugres, em Mato Grosso. A cacique Cleuza Soripa, que estava no Nordeste participando dos Jogos Indígenas, veio ao Estado e resolveu o impasse provocado pelos índios da etnia Umutina. Os policiais foram presos após uma apreensão de 400 quilos de peixe pescado de forma irregular nos rios na aldeia.

Sob pressão do governo estadual e federal, os índios soltaram o delegado da Polícia Civil, Márcio Moreno Vera, o soldado Carlos Francisco e o cabo José Teixeira Sobrinho e desistiram das exigências iniciais. Até o início da manhã, os índios pediram R$ 80 mil como resgate e uma pensão no valor de R$ 1.650 por família, de um total de 109 moram no local. A valor seria para os índios uma garantia de sustento durante o período de Piracema.

A pesca em Mato Grosso está proibida até o dia 29 de fevereiro de 2008. Até o final da Piracema, pescar é crime e o infrator pode ser multado em até R$ 100 mil e preso por até 3 anos. A única exceção é a pesca de subsistência, desembarcada, que pode ser praticada pelas populações ribeirinhas.

Negociação

O clima ficou tenso na região. Os índios não estavam permitindo a entrada e a saída de ninguém da aldeia. Na terça-feira, a Funai ofereceu R$ 40 mil. Metade do valor exigido pelos índios para libertar os policiais reféns. Os índios não aceitaram. Nesta quarta-feira, a mãe do delegado que está mantido como refém teria oferecido os outros R$ 40 mil. A proposta não foi aceita pelo Governo do Estado.

Ontem a negociação durou mais de cinco horas. Uma comissão formada por representantes da Funai, da prefeitura de Barra do Bugres e das Políciais Civil, Militar e Federal tentou chegar a um acordo com os indígenas, mas sem sucesso.

O representante da Funai disse que a instituição já tinha conhecimento sobre a comercialização de pescado no período de Piracema, na aldeia. "Já sabíamos que ia acontecer isso. Mas imaginávamos que iam bloquear estrada, não prender policiais", diz o administrador substituto da Funai,em Mato Grosso, Benedito César Garcia Júnior.

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Fonte: Redação TVCA

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