Barra do Bugres: Índios Umutina libertam reféns após 40 horas
Sob pressão do governo estadual e federal, os índios soltaram o delegado da Polícia Civil, Márcio Moreno Vera, o soldado Carlos Francisco e o cabo José Teixeira Sobrinho e desistiram das exigências iniciais. Até o início da manhã, os índios pediram R$ 80 mil como resgate e uma pensão no valor de R$ 1.650 por família, de um total de 109 moram no local. A valor seria para os índios uma garantia de sustento durante o período de Piracema.
A pesca em Mato Grosso está proibida até o dia 29 de fevereiro de 2008. Até o final da Piracema, pescar é crime e o infrator pode ser multado em até R$ 100 mil e preso por até 3 anos. A única exceção é a pesca de subsistência, desembarcada, que pode ser praticada pelas populações ribeirinhas.
Negociação
O clima ficou tenso na região. Os índios não estavam permitindo a entrada e a saída de ninguém da aldeia. Na terça-feira, a Funai ofereceu R$ 40 mil. Metade do valor exigido pelos índios para libertar os policiais reféns. Os índios não aceitaram. Nesta quarta-feira, a mãe do delegado que está mantido como refém teria oferecido os outros R$ 40 mil. A proposta não foi aceita pelo Governo do Estado.
Ontem a negociação durou mais de cinco horas. Uma comissão formada por representantes da Funai, da prefeitura de Barra do Bugres e das Políciais Civil, Militar e Federal tentou chegar a um acordo com os indígenas, mas sem sucesso.
O representante da Funai disse que a instituição já tinha conhecimento sobre a comercialização de pescado no período de Piracema, na aldeia. "Já sabíamos que ia acontecer isso. Mas imaginávamos que iam bloquear estrada, não prender policiais", diz o administrador substituto da Funai,em Mato Grosso, Benedito César Garcia Júnior.
Outras informações em instantes
Comentários