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Tecnologia
Quarta - 05 de Dezembro de 2007 às 13:37

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As autoridades do Brasil e de outros 11 países fizeram hoje a maior operação contra a pirataria de informática da história da América Latina, desarticulando dezenas de redes de falsificação de programas, informou a Microsoft. As operações aconteceram na Argentina, Chile, Colômbia, El Salvador, Guatemala, México, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai, além do Brasil, após seis meses de investigações, disseram fontes da empresa.

Foi a primeira ação coordenada de autoridades policiais e judiciais de países latino-americanos contra a pirataria. Na operação foram apreendidas 96 mil cópias dos produtos, que correspondem a US$ 10,8 milhões em preços dos programas legalizados.

O diretor de Antipirataria da Microsoft na América Latina, Juan Hardoy, disse que a operação levou ao desmantelamento "de 70 operações criminosas que se dedicavam à fabricação e à distribuição de produtos ilegais da Microsoft" e incluiu a identificação de várias fábricas piratas.

As quadrilhas desarticuladas distribuíam cópias pirateadas pela Internet e falsificavam alguns dos produtos mais populares da Microsoft como os sistemas operacionais Windows Vista e Windows XP, Windows Server e as aplicações Office 2007 e Office 2003.

Hardoy destacou "a importância da cooperação internacional. A pirataria é um problema global que também exige um remédio global". "É por isso coordenamos pela primeira vez na América Latina nossos investigadores com as autoridades policiais e judiciais para efetuar as ações de forma quase simultânea", disse.

A América Latina é uma das regiões do mundo com maior índice de pirataria, segundo um estudo mundial divulgado em maio pela organização Business Software Alliance (BSA) e pela consultoria IDC.

Os dados do relatório indicam que em 2006 a porcentagem de pirataria na América Latina ficou em 66% contra 35% da média no mundo. Hardoy estimou em US$ 3 bilhões as perdas anuais geradas pela pirataria de software na América Latina.

Apesar disso, a região diminuiu em 2% o índice de pirataria entre 2005 e 2006 - a maior queda mundial. A diretora para Assuntos Legais na América Latina da BSA, Montserrat Durán, disse à EFE que "se a taxa de pirataria na região se reduzisse 10%, seriam gerados 44 mil novos postos de trabalho e os governos arrecadariam US$ 1,2 bilhão em impostos".





Fonte: EFE

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