Ferrugem na Bolívia preocupa sojicultor do Mato Grosso
Os representantes das duas entidades, que foram convidados a apresentar seu modelo de combate à ferrugem asiática para a Fundação de Pesquisa dos Produtores da Bolívia (Fundacruz), de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, encontraram lavouras em situação crítica. "A doença está sem controle lá", diz o secretário da Famato, Valdir Correa da Silva. "Os bolivianos realizam de dois a três cultivos de soja no ano, o que facilita a disseminação da doença. No Brasil plantamos uma safra e temos o vazio sanitário."
Os representantes visitaram lavouras bolivianas, que ocupam 300 mil hectares, em Santa Cruz de La Sierra.
A maior preocupação, segundo Silva, é a de que a trajetória dos ventos espalhe os esporos do fungo, contaminando lavouras brasileiras. Com a disseminação da doença na Bolívia, os níveis de produtividade na região estão em torno de 30 sacas por hectare, enquanto em Mato Grosso a média é de 50 sacas por hectare.
Monitoramento
A ameaça de retorno da ferrugem levou os produtores a criar um sistema de monitoramento em 17 municípios do Estado, com recursos de R$ 320 mil, provenientes do Fundo de Apoio à Cultura da Soja. "Qualquer sinal de foco mais concentrado irá demandar ação imediata do grupo", diz Silva.
As associações irão contratar e treinar 17 técnicos e contratar mais 1 agrônomo, além dos 4 que já trabalham na Famato, que se dividirão no monitoramento em 5 regiões do Estado. No médio-norte, onde o plantio começou em outubro, as entidades já deram início ao monitoramento. O clima na região, com chuvas regulares, é favorável ao desenvolvimento das lavouras até o momento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo/Agrícola
Comentários