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Quarta - 05 de Dezembro de 2007 às 04:35

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Um dia após ser homenageado pela CBF na festa 'craque do Brasileirão', o atacante Romário acabou enfrentando um problema até então inesperado em sua carreira. Na tarde desta terça-feira, o veterano atacante de 41 anos foi flagrado no exame antidoping realizado no empate em 2 a 2 do Vasco com o Palmeiras, no último dia 28 de outubro, em São Januário.

A substância encontrada no organismo do Baixinho é a mesma do lateral-esquerdo Marcão, do Internacional: finasterida, usada na composição de tônicos capilares. O jogador permanecerá suspenso preventivamente até que o caso seja julgado pelo STJD, provavelmente em 2008. O gancho pode chegar de 120 a 360 dias.

'Espero que aconteça uma sessão especial (do STJD), é até um pedido meu para as pessoas que gostam de mim. Quero resolver isso logo, o mais rápido possível. Apesar de eu estar bem tranqüilo, isso incomoda', ponderou.

Marcão pegou 120 dias de gancho no STJD, mas conseguiu reduzir sua pena no Pleno do Tribunal e cumpriu apenas dois meses. O restante foi compensado com o pagamento de cestas básicas.

Em entrevista coletiva concedida em São Januário, o camisa 11 pediu que o Tribunal agilize o julgamento de seu caso. “É uma coisa que eu poderia muito bem não estar passando, mas infelizmente aconteceu”, ressaltou o Baixinho, bem-humorado mesmo com o impacto do episódio.

“Alguns meses atrás eu consultei um especialista e vinha aplicando o produto algumas vezes por semana, mesmo o uso sendo recomendado diariamente. Os ‘quase carecas’ usam esse tipo de medicamento (risos) e infelizmente agora os meus cabelos voltarão a cair”, brincou o jogador.

O atacante duvida que seu rendimento possa ter sido influenciado. “Eu achei até que minha performance tinha caído no período. Não foi por causa disso que mexeu em alguma coisa”, completou.

Segundo a imprensa carioca, o presidente cruzmaltino, Eurico Miranda, ficou sabendo do ocorrido logo após o almoço e se reuniu durante a tarde com o vice jurídico do clube, Paulo Reis, para organizar a defesa do jogador e pedir um efeito suspensivo.

A primeira medida será esperar pelo resultado da contraprova, mas Romário não acredita que terá maiores problemase acredita em ser inocentado. 'Eu tenho a consciência tranqüila, porque na minha carreira isso não vai mudar nada, só mesmo daqui para frente. Para um jogador da minha idade, quanto mais eu ficar parado, pior. Quem julga sabe que não é doping. Não é o primeiro exame que eu faço, não preciso disso', destacou.

Apesar do susto de Eurico, o próprio camisa 11 mostrou que era sabido no clube o uso de substância para impedir a calvície. 'Todos no Vasco são conscientes disso (de ele tomar tônico capilar). Falei para o doutor que estava comigo no dia do exame, que eu usava o produto. Falei para ele colocar lá (na ficha), mas ele disse que não precisava', assegurou.

Aproveitando a coletiva, o atacante revelou que o caso não atrapalha seus planos de disputar o Campeonato Carioca pelo Gigante da Colina, pelo menos a Taça Guanabara. “Meus planos continuam em defender o Vasco no torneio de Dubai (competição amistosa que o Vasco disputará em janeiro). Venho me condicionando para disputar a Taça Guanabara, pelo menos. Mas eu tenho fé de que isso não vai atrapalhar os meus planos”, revelou o camisa 11.





Fonte: Gazeta Esportiva

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