Expectativa de vida dos mato-grossenses é maior que a média nacional
A expectativa de vida do brasileiro subiu para 72,3 anos em 2006. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Distrito Federal obteve o melhor resultado com 75,1 anos. Já a pior expectativa foi registrada no Estado de Alagoas, com 66,3 anos.
A expectativa de vida do mato-grossense evoluiu gradativamente nos últimos anos. De acordo com os dados, os habitantes do Estado podem viver até 72,85 anos. Nos últimos vinte e seis anos, a média de vida, que em 1980 registrava 60,28 anos, alcançou a marca dos 72,8 sendo maior que a nacional, que registrou cerca de 72,3.
O bom desempenho dos níveis de vida, com acesso da população aos serviços de saúde, as campanhas de vacinação, o aumento da escolaridade, a prevenção de doenças e os avanços da medicina contribuíram para o aumento da expectativa de vida no Brasil. O levantamento aponta que a esperança de vida ao nascer dos homens é de 68,5 anos, contra 76,1 anos das mulheres.
Para os homens, o melhor desempenho é em Santa Catarina (71,8 anos) e o pior, em Alagoas (62,4 anos). No caso das mulheres, o Distrito Federal se destaca (78,9 anos), enquanto, novamente, Alagoas fica em último lugar, com 70,4 anos.
Os números fazem parte das Tábuas Completas de Mortalidade, divulgadas pelo IBGE desde 1999. Os dados da Tábua de Vida são usados pelo Ministério da Previdência Social no cálculo do fator previdenciário das aposentadorias das pessoas regidas pelo Regime Geral da Previdência Social.
Fator Previdenciário
A Previdência estima que o impacto seja pequeno sobre os cálculos na aposentadoria. Assim, um segurado que se aposente aos 60 anos de idade tinha uma sobrevida estimada de 20,9 anos em 2006, contra 20,8 anos em 2005 e 20,7 anos em 2004.
O chamado fator previdenciário de equilíbrio (igual ou próximo a 1) na tábua vigente até o mês passado equivalia a 1,009, que era alcançado pelo segurado aos 63 anos de idade e 35 de contribuição.
Na nova tábua, em vigor a partir de hoje, considerando a mesma idade e tempo de contribuição, o fator passa a ser o equivalente a 1,003. Isso significa que o segurado, para manter o mesmo valor de benefício, terá que contribuir por mais 55 dias.
O exemplo vale também para as mulheres, que têm direito a cinco anos a menos de contribuição do que os homens. No cálculo do fator da trabalhadora, o sistema acrescenta mais cinco anos ao tempo efetivo de contribuição para equipará-la ao homem. Isso significa que a mulher chega ao fator de equilíbrio aos 63 anos de idade e 30 de contribuição.
Mortalidade
A mortalidade infantil chegou a 24,9 óbitos a cada mil nascidos vivos em 2006. O índice é 64% mais baixo do que o registrado em 1980 (quando foram registradas 69,1 mortes a cada mil nascidos vivos). Os Estados de Alagoas e Maranhão são os estados que têm maiores índices, com 51,9 e 40,7 óbitos a cada mil nascidos vivos, respectivamente.
Mato Grosso alcançou a 11º colocação, com 21 óbitos a cada mil nascidos. O Estado com a mais baixa taxa de mortalidade infantil em 2006 foi Rio Grande do Sul (13,9 óbitos a cada mil), seguido por São Paulo (16%).
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