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Nacional
Segunda - 03 de Dezembro de 2007 às 19:17

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Para a equipe de segurança do Metrô de São Paulo, um tiro disparado dentro de uma das estações é perigoso porque "certamente atinge alguém", devido à grande concentração de pessoas que circulam no sistema diariamente. Em horário de pico, a lotação nas estações chega a oito pessoas por metro quadrado. No total, 3 milhões circulam no sistema diriamente.

“O disparo de uma arma de fogo num ambiente confinado com a quantidade de gente que temos aqui certamente vai atingir alguém”, afirmou o chefe do departamento de segurança do Metrô, José Luiz Bastos, em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (3). “Tudo o que a gente não quer é troca de tiro no Metrô”, acrescentou.

Na última sexta-feira (30), quatro pessoas ficaram feridas em uma troca de tiros entre suspeitos que estavam fugindo de um assalto a banco e um policial militar à paisana na Estação Sé. Outras 16 pessoas passaram mal e tiveram que ser atendidas em hospitais. Um suspeito foi preso. Bastos evitou falar diretamente da atitude do policial militar que iniciou o tiroteio com os suspeitos. Entretanto, o ouvidor da corporação criticou a ação do policial.

Só tonfas

Segundo o Metrô, nenhum dos 1.006 agentes de segurança do Metrô usa arma de fogo. Eles possuem apenas tonfas (uma espécie de cacetete) e recebem treinamento de artes maciais para aprenderem técnicas de imobilização e defesa. Cada segurança é treinado durante três meses antes de começar a trabalhar e mensalmente os funcionários passam por atividades de reciclagem, informa o Metrô.

De acordo com o departamento de segurança, a entidade possui ainda 40 detectores de metais móveis que são usados nas estações para coibir o uso de armas de fogo. Segundo Bastos, esses aprelhos são usados frequentemente, mas não todos os dias porque eles provocam lentidão no sistema já que a entrada de passageiros torna-se mais lenta.

Questionado se o uso de detectores de metais não poderia ter evitado a ocorrência da sexta-feira, Bastos afirmou que o caso foi “pontual”. “Não é da nossa rotina esse tipo de ocorrência, eles não se originam dentro do metrô. Nossa segurança é para evitar furto, roubo, desentendimento entre usuários”, cita. Para ele, o detector de metal não teria evitado que o assaltante chegasse às plataformas de embarqe porque ele entrou correndo na estação.

Câmeras

De acordo com o Metrô, todas as imagens gravadas pelo circuito de câmeras foram entregues à polícia nesta segunda-feira. A instituição não liberou as imagens de movimentação de pessoas na estação no horário do tiroteio a pedido da Polícia Civil, segundo eles, para não atrapalhar as investigações.

De acordo com Bastos, pela filmagem é possível identificar um dos suspeitos que fugiu, além do que foi preso. Já a imagem do PM não é tão nítida para identificação, afirmou.

No total, 860 câmeras monitoram as 55 estações. As imagens são vistas por três operadores. De acordo com o metrô, este número de operadores é suficiente porque eles são ajudados por agentes de segurança que ficam nas estações.




Fonte: G1

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