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Cidades/Geral
Terça - 21 de Maio de 2013 às 06:57
Por: JOANICE DE DEUS

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LORIVAL FERNANDES/DC
A reunião em que patrões e empregados tentaram chegar a um acordo sobre percentual de aumento
A reunião em que patrões e empregados tentaram chegar a um acordo sobre percentual de aumento
É cada vez mais iminente a greve dos motoristas e cobradores do sistema de transporte coletivo urbano em Cuiabá e Várzea Grande. A última proposta apresentada ontem à comissão dos trabalhadores por representante das empresas que operam no sistema está distante do reivindicado pela categoria. 

"Propomos reajuste de 10%, sendo o piso do motorista fixado em 1.660", informou o presidente da Associação Mato-grossense dos Transportes Urbanos (AMTU), Ricardo Caixeta. Os motoristas, entretanto, querem um salário de R$ 2 mil, plano de saúde e abono. "Chegamos ao limite apresentando um reajuste com percentual, inclusive, acima do INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor) que é de 7,1%", afirmou Caixeta. Esta foi a quarta rodada de negociação. 

A proposta ainda será levada para avaliação da categoria em assembleia geral (uma pela manhã e outra à tarde) marcada para esta quarta-feira. Porém, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores (Stett), Ledevino da Conceição, acredita veementemente que será rechaçada. "Nossa avaliação é que o proposto não vai passar. O valor mais próximo que ouvimos de um grupo de trabalhadores é de R$ 1.800", comentou. 

A última tentativa de se chegar a um acordo acontece na próxima sexta-feira, quando os mais de 2.500 trabalhadores, dos quais 1.200 motoristas, e representantes patronal têm audiência agendada na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (STRE). Não havendo acordo, a discussão vai para dissídio coletivo. 

"A decisão vai para dissídio coletivo com greve", alertou Ledevino da Conceição lembrando que será respeitado o prazo de 72 horas, além de outros procedimentos legais como publicação de edital e comunicação da decisão ao poder público. Atualmente um motorista ganha R$ 1.507 mais uma comissão que pode varia de R$ 73 a R$ 193. 

Para a reunião, o Stett espera as presenças de representantes do Ministério Público do Trabalho, da Prefeitura e da Secretaria Extraordinário para a Copa de 2014 (Secopa), além do sindicato patronal. "Se for deflagrada uma greve no sistema imagine como ficará o trânsito. Acreditamos que a Secopa é parte interessada no assunto", argumentou o presidente do sindicato. 

As empresas argumentam que apesar do reajuste de 9% no preço da tarifa que tiveram no ano passado, houve uma queda no numero de passageiros no início deste ano de pouco mais de 11%. Entre Cuiabá e Várzea Grande, o sistema contabiliza cerca de 350 mil usuários. 





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