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Saúde
Segunda - 03 de Dezembro de 2007 às 16:30

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Um remédio normalmente receitado para pacientes com diabete do tipo 2, a rosiglitazona (Avandia), pode diminuir a densidade óssea e aumentar o risco de osteoporose, segundo um artigo publicado na revista Nature Medicine.

Segundo os pesquisadores do Salk Institute, na Califórnia, testes em camundongos mostraram que o remédio, usado para aumentar os efeitos da insulina, pode interferir na formação de novos ossos.

O remédio já havia levantado questões por suspeita de que poderia causar problemas cardíacos.

Segundo a GlaxoSmithKline, produtora da rosiglitazona, cerca de 9 milhões de pacientes tomam o Avandia a cada ano em todo o mundo, 1 milhão de pacientes tomam o Avandamet e 33 mil tomam o Avandaryl (ainda não comercializado no Brasil).

Equilíbrio necessário

A recente pesquisa também apresenta novas informações sobre como as células formadoras de ossos trabalham em conjunto.

Os ossos se regeneram constantemente, com células chamadas osteoclastos destruindo tecido ósseo, enquanto as chamadas osteoblastos produzem novas camadas.

É necessário o equilíbrio entre essas duas atividades para garantir que os ossos permaneçam fortes e saudáveis o suficiente para aguentar a pressão das atividades diárias.

Os pesquisadores americanos descobriram que, nos camundongos, o uso do remédio levou a uma maior atividade dos osteoclatos, atrapalhando o equilíbrio e diminuindo a densidade dos ossos.

Segundo os cientistas, a descoberta tem "potenciais implicações clínicas", mas outros remédios, com o efeito inverso, podem ser produzidos para tratar doenças como a osteoporose e a artrite reumatóide.

Os dados que sugerem uma ligação entre problemas cardíacos e a droga já haviam levado a Agência Européia de Medicamentos a ordenar que ela fosse analisada.

O médico Ian Frames, da organização britânica Diabetes UK, disse que a atual recomendação da agência européia e de especialistas britânicos é continuar usando o remédio, ou consultar um médico na dúvida sobre os efeitos colaterais.

"Essas descobertas são importantes", disse Frames. "Já sabíamos que fraturas ósseas são mais comuns em pessoas com diabetes que tomam rosiglitazonas."

"Essa pesquisa pode nos ajudar a entender melhor os efeitos do remédio sobre a saúde óssea", acrescentou. "Mas são necessárias novas pesquisas antes que possamos ligar conclusivamente as rosiglitazonas com o aumento de várias condições ósseas em humanos."





Fonte: BBC Brasil

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