Repórter News - reporternews.com.br
'Reunião relâmpago' ajuda executivos a alavancar negócios
No mundo dos negócios, pouca coisa é mais importante do que conhecer as pessoas certas nos lugares certos. A rede de contatos (que já ganhou nome em inglês e virou "network" entre os executivos) é uma espécie de Q.I. – o popular "quem indica" – cujo possível resultado é não um emprego, mas um contrato.
Construir um bom "network" é uma tarefa que pode levar anos. Ou pouco mais de uma hora, se o interessado participar do "meeting express" – uma espécie encontro de negócios relâmpago, realizado durante a 11ª Conferência Brasileira de Investimentos em Hospitalidade, em São Paulo.
A reportagem do G1 esteve no encontro, na última quinta (29), que reuniu cerca de 70 executivos em uma sala na zona sul de São Paulo.
Se é para conversar...
Às 11h15, as portas da sala se abrem. Armados com suas respectivas caixas de cartões de visitas, os executivos são orientados pelas simpáticas promotoras de eventos a se sentarem às longas mesas dispostas em paralelo no local. E como é um evento para se conhecerem, não perdem tempo: já entram falando.
Dez minutos depois, um organizador tenta, sem sucesso, conseguir a atenção dos participantes para anunciar a entrada da apresentadora Babi Xavier, que vai comandar o evento. Nem as pernas de fora da apresentadora põem fim às conversas. "Acho que devia ter vindo com uma saia mais curta", provoca ela. Alguns "gente, gente, por favor" mais tarde, e um 'quase silêncio' se instala.
Babi pede que os participantes de uma mesma empresa se separem, e em seguida explica o funcionamento do encontro. Sentados frente a frente, os 'pares' de executivos terão um minuto para se apresentar e trocar cartões. Passado o tempo, uma sirene tocará e todos devem se mover para a cadeira à sua esquerda.
A inspiração parece ter vindo do "Fast Date" em que homens e mulheres têm seis minutos para se conhecer e saber se há afinidades para um possível namoro.
De escanteio
Começa a contagem regressiva nos dois telões nos cantos da sala, e a executiva norte-americana Susan Devino é a primeira a "sobrar". Seu "par" engata uma conversa em português com a dupla ao lado e a deixa sem entender nada. Sem problemas: a sirene toca e ela parte para a próxima. "Não conheço ninguém aqui", diz a executiva do Preferred Hotel Group, de Miami. "É uma oportunidade de descobrir com quem tenho que falar".
O tempo é curto, e eles aproveitam. Como o encontro reúne executivos de empresas e de financiadoras, alguns sacam, além do cartão de visita, plantas, mapas e fotos de hotéis ou dos lugares onde pretendem construí-los, em busca de alguém para bancar o investimento.
Fernando Feller, da Feller Hotelaria, que busca investidores, já vai com a estratégia armada: "Aqui eu identifico quem é quem. Depois, no coffee break, eu 'pego' a pessoa. Não vou sair gritando meus planos para todo mundo, até porque aqui tem muito concorrente", diz.
Um minuto parece pouco. Manuel Gama, da Travel Inn Hotéis, se apresenta à reportagem, diz o que faz, entrega o cartão. Mal dá tempo de saber quem é a repórter do outro lado da mesa. A sirene toca, hora de mudar de lugar.
Fechando negócio
Parece que muita gente não demora a encontrar quem procurava. Em pouco tempo, várias cadeiras estão vazias. As promotoras trabalham sem parar, redistribuindo os participantes. Já a apresentadora tem pouco a fazer, além de ser simpática com quem "mica" em frente a uma cadeira vazia.
Vinte ou 30 toques da sirene depois, muitos já saíram da sala. "Acabaram meus cartões", se conforma um participante. Ali, sem cartão de visita, a apresentação não vale muito.
Nos minutos finais, pouca gente dá atenção à sirene. Quem ficou na sala está "adiantando o serviço", conversando com quem mais lhe interessou. Gisele de Melo, da Método Engenharia, é uma das últimas a sair. "Um minuto é pouco para conversar, tem que ser conciso. Mas encontrei pessoas de muitas empresas que já vinha procurando", diz.
"Acho que sai negócio", arrisca Ricardo Pérez, do Grupo Solare. "Não hoje, mas vou buscar essas pessoas, agendar visitas com quem se interessou pela nossa proposta".
O encontro chega ao fim, e parece que funcionou. Na saída, um único participante se afasta e pede para tirar uma foto com a apresentadora Babi Xavier. Os demais já estão aproveitando os novos contatos e formando grupos para o almoço. Nem uma mulher bonita pode atrapalhar os negócios.
Construir um bom "network" é uma tarefa que pode levar anos. Ou pouco mais de uma hora, se o interessado participar do "meeting express" – uma espécie encontro de negócios relâmpago, realizado durante a 11ª Conferência Brasileira de Investimentos em Hospitalidade, em São Paulo.
A reportagem do G1 esteve no encontro, na última quinta (29), que reuniu cerca de 70 executivos em uma sala na zona sul de São Paulo.
Se é para conversar...
Às 11h15, as portas da sala se abrem. Armados com suas respectivas caixas de cartões de visitas, os executivos são orientados pelas simpáticas promotoras de eventos a se sentarem às longas mesas dispostas em paralelo no local. E como é um evento para se conhecerem, não perdem tempo: já entram falando.
Dez minutos depois, um organizador tenta, sem sucesso, conseguir a atenção dos participantes para anunciar a entrada da apresentadora Babi Xavier, que vai comandar o evento. Nem as pernas de fora da apresentadora põem fim às conversas. "Acho que devia ter vindo com uma saia mais curta", provoca ela. Alguns "gente, gente, por favor" mais tarde, e um 'quase silêncio' se instala.
Babi pede que os participantes de uma mesma empresa se separem, e em seguida explica o funcionamento do encontro. Sentados frente a frente, os 'pares' de executivos terão um minuto para se apresentar e trocar cartões. Passado o tempo, uma sirene tocará e todos devem se mover para a cadeira à sua esquerda.
A inspiração parece ter vindo do "Fast Date" em que homens e mulheres têm seis minutos para se conhecer e saber se há afinidades para um possível namoro.
De escanteio
Começa a contagem regressiva nos dois telões nos cantos da sala, e a executiva norte-americana Susan Devino é a primeira a "sobrar". Seu "par" engata uma conversa em português com a dupla ao lado e a deixa sem entender nada. Sem problemas: a sirene toca e ela parte para a próxima. "Não conheço ninguém aqui", diz a executiva do Preferred Hotel Group, de Miami. "É uma oportunidade de descobrir com quem tenho que falar".
O tempo é curto, e eles aproveitam. Como o encontro reúne executivos de empresas e de financiadoras, alguns sacam, além do cartão de visita, plantas, mapas e fotos de hotéis ou dos lugares onde pretendem construí-los, em busca de alguém para bancar o investimento.
Fernando Feller, da Feller Hotelaria, que busca investidores, já vai com a estratégia armada: "Aqui eu identifico quem é quem. Depois, no coffee break, eu 'pego' a pessoa. Não vou sair gritando meus planos para todo mundo, até porque aqui tem muito concorrente", diz.
Um minuto parece pouco. Manuel Gama, da Travel Inn Hotéis, se apresenta à reportagem, diz o que faz, entrega o cartão. Mal dá tempo de saber quem é a repórter do outro lado da mesa. A sirene toca, hora de mudar de lugar.
Fechando negócio
Parece que muita gente não demora a encontrar quem procurava. Em pouco tempo, várias cadeiras estão vazias. As promotoras trabalham sem parar, redistribuindo os participantes. Já a apresentadora tem pouco a fazer, além de ser simpática com quem "mica" em frente a uma cadeira vazia.
Vinte ou 30 toques da sirene depois, muitos já saíram da sala. "Acabaram meus cartões", se conforma um participante. Ali, sem cartão de visita, a apresentação não vale muito.
Nos minutos finais, pouca gente dá atenção à sirene. Quem ficou na sala está "adiantando o serviço", conversando com quem mais lhe interessou. Gisele de Melo, da Método Engenharia, é uma das últimas a sair. "Um minuto é pouco para conversar, tem que ser conciso. Mas encontrei pessoas de muitas empresas que já vinha procurando", diz.
"Acho que sai negócio", arrisca Ricardo Pérez, do Grupo Solare. "Não hoje, mas vou buscar essas pessoas, agendar visitas com quem se interessou pela nossa proposta".
O encontro chega ao fim, e parece que funcionou. Na saída, um único participante se afasta e pede para tirar uma foto com a apresentadora Babi Xavier. Os demais já estão aproveitando os novos contatos e formando grupos para o almoço. Nem uma mulher bonita pode atrapalhar os negócios.
Fonte:
G1
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/195982/visualizar/
Comentários